O pre�o do barril de petr�leo atingiu o maior valor em 29 meses devido aos temores de que a crise da L�bia se alastre para outros pa�ses produtores, incluindo a Ar�bia Saudita. Os Estados Unidos decidiram agir para manter a produ��o no patamar anterior aos levantes no mundo �rabe e contam com a ajuda dos pr�prios sauditas, de outros pa�ses da Opep (cartel dos exportadores de petr�leo) e da R�ssia.
O valor do barril variou segunda-feira, em um dos dias mais vol�teis desde que a crise chegou � L�bia. O Egito e a Tun�sia, que viram seus regimes ca�rem, n�o produzem petr�leo, apesar de no caso eg�pcio haver ainda o temor de que o canal de Suez, por onde passa grande parte dos cargueiros, sofra consequ�ncias da instabilidade na regi�o.
Durante o dia, o pre�o do barril atingiu US$ 118, n�vel mais alto desde setembro de 2008, mas ainda bem abaixo dos US$ 147 do recorde de junho daquele mesmo ano, antes do estouro da crise financeira internacional. No fim do dia, o valor negociado em Nova York recuou quase US$ 3. Apesar da redu��o, analistas ainda preveem mais volatilidade nos pr�ximos dias.
O Citigroup divulgou um relat�rio indicando que a m�dia do pre�o neste ano deva ficar ao redor dos US$ 105, um crescimento de US$ 15 em rela��o � previs�o inicial. Para o ano que vem, dever� ser de US$ 100. O temor do governo americano e de outros pa�ses que aos poucos come�am a ver suas economias se reaquecerem � uma nova recess�o motivada pelo aumento no pre�o do petr�leo.
Para cada 10% de eleva��o no valor do barril, segundo economistas, a economia mundial retrairia em 0,25 ponto percentual. Uma eleva��o de at� 40%, n�o descartada por operadores em Wall Street, resultaria em um crescimento m�dio mundial de 1 ponto percentual abaixo do previsto.
Alguns pa�ses produtores, como a R�ssia e a Venezuela, que vinham enfrentando dificuldades econ�micas nos �ltimos meses, podem ser beneficiados pelo aumento no pre�o. A moeda russa tem registrado crescimento nos �ltimos dias perante o d�lar, e a Bolsa de Valores de Moscou j� subiu mais de 6% desde o come�o deste ano.
Uma das preocupa��es de analistas � a propaga��o dos levantes para outros pa�ses. Se o problema ficar restrito � L�bia, a Opep tem condi��es de suprir a defici�ncia, apesar de precisar coordenar a log�stica com a It�lia e outros pa�ses que compram petr�leo l�bio. Mas o cen�rio pode se agravar caso Om� ou Bahrein vejam suas produ��es serem afetadas por levantes. A L�bia produz cerca de 1,6 milh�o de barris por dia. Pelo menos dois ter�os desse total j� foi afetado desde o in�cio dos protestos para derrubar Muamar Kadafi.