A Gr�cia captou 1,625 bilh�o de euros (US$ 2,28 bilh�es) em um leil�o de t�tulos do Tesouro realizado nesta ter�a-feira, embora a taxa elevada de juros dos pap�is tenha relevado o desconforto dos investidores um dia ap�s o rating de cr�dito do pa�s ter sido drasticamente rebaixado.
A venda, que originalmente tinha a meta de capta��o de 1,25 bilh�o de euros em notas com prazo de 26 semanas, foi feita com os pap�is ofertando um yield (retorno ao investidor) de 4,75%, acima da taxa de 4,64% do leil�o anterior, realizado em 8 de fevereiro, de acordo com a Ag�ncia de Gerenciamento da D�vida P�blica. A demanda no leil�o foi 3,59 vezes superior ao montante ofertado ante um interesse 4,59 superior verificado em fevereiro.
A venda de pap�is da d�vida p�blica grega ocorreu um dia ap�s a ag�ncia de classifica��o de risco de cr�dito Moody's ter rebaixado o rating do pa�s em tr�s notas para B1, o que desencadeou uma resposta r�pida por parte do governo grego, que considerou a altera��o "completamente injusta".
"Em �ltima an�lise, a diminui��o do rating da d�vida da Gr�cia pela Moody's revela mais sobre os incentivos desalinhados e a falta de responsabilidade das ag�ncias de avalia��o de cr�dito do que sobre o estado real ou as perspectivas da economia grega" disse o Minist�rio das Finan�as. A pasta argumentou que as ag�ncias de rating est�o tentando se redimir do fato de n�o terem conseguido prever a crise financeira global de 2008.
O Tesouro grego come�ou a vender t�tulos curtos em setembro para manter sua presen�a no mercado, ap�s a crise financeira ter criado um bloqueio para emiss�es de longo prazo, j� que os investidores insistiam em pedir taxas de juros altas e proibitivas para ficarem com os pap�is do pa�s.
A Gr�cia foi salva da bancarrota por um pacote de ajuda de 110 bilh�es de euros (US$ 154 bilh�es) concedido por outros pa�ses da Uni�o Europeia que usam o euro e pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Com base nas condi��es do acordo, a Gr�cia tem implementado uma s�rie de medidas de austeridade, incluindo cortes nos sal�rios do setor p�blico, uma reforma ampla no sistema de pens�o e aumento de impostos e tem sido supervisionada de perto pela UE e pelo FMI.
A Gr�cia foi o primeiro pa�s da zona do euro que foi socorrido, mas a Irlanda tamb�m precisou de ajuda na sequ�ncia. Atenas pretende negociar taxas de juros mais baixas e o prolongamento no seu cronograma de pagamento do empr�stimo. A Uni�o Europeia pode oferecer essas concess�es como parte de uma solu��o ampla para a crise da d�vida durante o encontro que ser� realizado no dia 25 de mar�o, em Bruxelas.
O primeiro-ministro grego George Papandreou iniciou encontros com l�deres da oposi��o nesta ter�a-feira para tentar angariar apoio para o esfor�o nacional para retirar o pa�s da crise financeira.