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Estado de Minas

Medidas do governo podem ter afetado otimismo, diz Ipea


postado em 10/03/2011 13:27

O impacto das medidas restritivas anunciadas pelo governo e uma redu��o da tradicional euforia em rela��o ao futuro que marca a virada de ano s�o os poss�veis motivos para a queda das expectativas das fam�lias brasileiras em fevereiro, segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Apesar de ainda estar na faixa considerada otimista, o �ndice de Expectativa das Fam�lias (IEF), anunciado hoje pelo Ipea, mostrou uma redu��o de 2,8% em fevereiro em rela��o a janeiro. A taxa ficou em 65,3 pontos no m�s passado, contra 67,2 pontos do m�s anterior, numa escala de zero a 100. A situa��o � considerada otimista entre 60 e 80 pontos. Acima de 80 pontos, muito otimista.

"An�ncios do governo como o corte de gastos no Or�amento (de R$ 50 bilh�es), o aumento dos juros e a informa��o de que n�o vai haver concursos p�blicos podem ter contribu�do para a queda do �ndice. Janeiro tamb�m � marcado por um sentimento de otimismo em rela��o ao ano que se inicia, e isso pode estar

ficando para tr�s", afirmou Pochmann. "Mas s�o hip�teses, precisar�amos de mais pesquisas para saber se esta � uma tend�ncia ou apenas uma acomoda��o."

Segundo ele, a perspectiva para os pr�ximos 12 meses e a capacidade de pagamento de d�vidas s�o dois indicadores da pesquisa que ilustram a queda registrada em fevereiro. Em rela��o � capacidade de pagamento, em janeiro, 19,2% das fam�lias declararam ter condi��es de pagar totalmente suas d�vidas, n�mero que encolheu para 15,4% em fevereiro. Enquanto isso, o porcentual das que informaram n�o terem capacidade de honrar os d�bitos subiu de 32,2% para 37,7% no mesmo per�odo, o que Pochmann acredita estar relacionado ao aumento dos juros b�sicos da economia. Para completar, em janeiro 58,2% das fam�lias disseram que aquele era um bom momento para compras e em fevereiro o �ndice recuou para 55,2%.

A percep��o das fam�lias sobre o grau de endividamento relativo ao rendimento familiar mensal mostra uma grande diferen�a de comportamento de acordo com a regi�o do Pa�s. Enquanto quase 80% das fam�lias no Centro-Oeste dizem n�o ter nenhuma d�vida, no Norte o porcentual � de 24%. O Sudeste � a segunda regi�o com n�vel menor de endividamento declarado (61,9%), seguido por Nordeste (40%) e Sul (38,6%).

H� queda tamb�m no indicador futuro. Em janeiro, 64% das fam�lias acreditava que a situa��o econ�mica do Brasil iria melhorar nos pr�ximos 12 meses. Em fevereiro, a taxa caiu para 61,8%. J� a avalia��o dentro do n�cleo familiar teve uma queda menor, mostrando que embora estejam menos otimistas em rela��o � situa��o do Pa�s, as fam�lias acreditam que ser�o pouco impactadas diretamente por essa previs�o de piora. Em fevereiro, 83,3% das fam�lias acreditavam que sua situa��o iria melhorar, contra 83,7% em janeiro, uma redu��o de 0,4 ponto porcentual.

"H� uma disson�ncia entre decis�es governamentais e o comportamento econ�mico das fam�lias", disse. "O mercado de trabalho est� muito aquecido". De acordo com Pochmann, essa vis�o mais otimista � especialmente percebida entre as fam�lias de menor renda, que podem ter sofrido um impacto positivo do aumento do sal�rio m�nimo.

O IEF � uma pesquisa mensal do Ipea iniciada em agosto do ano passado. Pochmann destaca que cerca de dois ter�os do Produto Interno Bruto (PIB) v�m dos gastos das fam�lias e as informa��es apontadas no estudo s�o importantes para amparar decis�es de investimento por parte das empresas e consumo.


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