Opep eleva produ��o de petr�leo para n�vel recorde

A produ��o de petr�leo dos membros da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep) subiu acima de 30 milh�es de barris por dia em fevereiro, o n�vel mais alto desde dezembro de 2008, informou a organiza��o em seu relat�rio mensal. No entanto o aumento da produ��o pode n�o ser suficiente para reduzir os temores sobre a interrup��o da oferta de petr�leo com a escalda da viol�ncia na L�bia, que levou o pre�os do �leo da Opep a ultrapassar US$ 100 o barril pela primeira vez desde o in�cio da crise financeira, em setembro de 2008.

O recuo sazonal usual da demanda por petr�leo do primeiro ao segundo trimestre dever� diminuir parte da press�o sobre os mercados da commodity, informou o relat�rio. A Opep espera que a demanda m�dia por seu petr�leo recue para 28,7 milh�es de barris por dia no pr�ximo trimestre, 1,3 milh�o de barris di�rios a menos que o volume produzido em fevereiro e 400 mil barris di�rios abaixo da m�dia registrada no primeiro trimestre.

No entanto, a demanda dever� se recuperar no in�cio do ver�o no Hemisf�rio Norte, o que poder� causar problemas se os pre�os permanecerem altos, afirmou a Opep. "Se os n�veis de pre�os continuarem altos, isso conduzir� a uma redu��o no uso do combust�vel de transporte na temporada de viagens de ver�o", destacou o relat�rio.

A guerra civil na L�bia interrompeu a produ��o de cerca de 1 milh�o de barris por dia, afirmou nesta semana o ministro da Energia l�bio, Shokri Ghanem, ao Wall Street Journal. Segundo ele, a L�bia est� produzindo atualmente somente 500 mil barris de petr�leo por dia. Mas o executivo-chefe da petroleira francesa Total, Christophe de Margerie, afirma que a produ��o de petr�leo da L�bia caiu para entre 200 mil e 300 mil barris di�rios, de 1,6 milh�es de barris por dia antes da crise. Margerie disse que a Total suspendeu suas opera��es no pa�s na semana passada, quando retirou os funcion�rios que ainda estavam no campo Al-Jurf. A empresa interrompeu as opera��es em Mabruk "h� muito tempo", disse o executivo.

A Opep declarou ainda que mant�m um colch�o de abastecimento suficiente para acomodar qualquer interrup��o de fornecimento. A organiza��o disse que antes do in�cio da crise da L�bia a capacidade dispon�vel total era de quase 6 milh�es de barris por dia. A Ar�bia Saudita aumentou sua produ��o em cerca de 700 mil barris por dia, extraindo esse volume da sua capacidade dispon�vel. Com a disponibilidade da oferta adicional, as refinarias europeias dever�o ter tempo suficiente para se adaptar ao corte da produ��o de petr�leo na L�bia, segundo o relat�rio.

AIE

Os n�meros da capacidade dispon�vel da Opep s�o consideravelmente mais altos que outras estimativas. A Ag�ncia Internacional de Energia (AIE), que representa os interesses dos maiores consumidores de energia, afirmou que a capacidade dispon�vel da Opep antes do in�cio dos conflitos na L�bia era de 5 milh�es de barris por dia.

Uma an�lise feita pelo banco de investimentos Goldman Sachs nesta semana acusou a Ar�bia Saudita de informar uma produ��o de petr�leo maior do que a verdadeira, o que implica que a capacidade dispon�vel da Opep poder ser atualmente menor que 2 milh�es de barris por dia. Isso significa que a Opep poder n�o ser capaz de cobrir futuras interrup��es de oferta, segundo o banco. O Minist�rio de Petr�leo saudita divulgou um comunicado no mesmo dia da apresenta��o da an�lise do Goldman dizendo que a capacidade dispon�vel � de 3,5 milh�es de barris di�rios.

A Opep manteve inalterada sua previs�o para a demanda mundial por petr�leo neste ano em 87,8 milh�es de barris di�rios, um aumento de 1,4 milh�es de barris por dia em compara��o com a demanda mundial de 2010.