A minera��o, que, no passado, era considerada um ativo ruim para a ind�stria sider�rgica nacional e mundial, deixou o posto de patinho feio para se transformar definitivamente no cobi�ado cisne do segmento. Em 2010, as opera��es envolvendo compra de ativos e fus�es entre empresas nacionais e internacionais nos ramos da extra��o mineral e da produ��o de a�o ultrapassaram a casa dos US$ 3,5 bilh�es. A maior opera��o, no valor de US$ 1,93 bilh�o, foi comandada pela Usiminas, que fechou uma joint venture com a Sumitomo Corporation para o desenvolvimento das atividades da minera��o. Em seguida, aparece a negocia��o da MMX com os chineses da Wisco e os coreanos da Sk Networks, que somaram US$ 1,1 bilh�o. E, depois, a aquisi��o da fabricante de cimentos Balboa e das produtoras de a�o Azpeitia e Lasao por US$ 505,3 milh�es pela CSN.
De acordo com o levantamento da consultoria PwC, em 2010, a maior transa��o conclu�da na ind�stria de siderurgia e minera��o foi a compra da trading Daewoo International pela sider�rgica sul-coreana Posco, por US$ 2,8 bilh�es. Na segunda posi��o, ficou a compra de participa��o majorit�ria na BSG Resources pela Vale, na Guin�, por US$ 2,5 bilh�es. Em terceiro, a parceria da Usiminas com a Sumitomo Corp na �rea de produ��o de min�rio de ferro. “Aquilo que antigamente era lixo, virou fil�. As sider�rgicas acordaram para a realidade de que ter um ativo de minera��o n�o � mau neg�cio”, observa Pedro Galdi, analista de minera��o e siderurgia da SLW Corretora. Ele lembra que al�m das movimenta��es registradas no ano passado, a Gerdau j� comunicou investimentos na continuidade do projeto de expans�o da produ��o de min�rio de ferro em Minas Gerais. Na apresenta��o dos resultados de 2010, a empresa anunciou que tem recursos minerais medidos, indicados e inferidos de 2,9 bilh�es de toneladas de min�rio de ferro contra 1,8 bilh�o de toneladas divulgado anteriormente. E afirma que vai “monetizar” esses ativos.
Segundo a consultoria, com o aumento nos pre�os das commodities e a press�o das mineradoras sobre os contratos, a integra��o vertical, como alternativa para garantir mat�ria-prima, se tornou o centro das aten��es. Dois dos tr�s maiores neg�cios realizados no setor em 2010 envolveram a compra de fontes de min�rio de ferro. Tamb�m foram registradas algumas transa��es de aquisi��o de fontes na Am�rica do Sul e na �frica por companhias japonesas e chinesas. Como reflexo desse movimento, os neg�cios classificados no segmento outros metais – basicamente min�rio de ferro – ainda respondem pela maior fatia do total de transa��es com aumento de 57% em valor na compara��o com 2009.
Aquisi��es voltam a ganhar impulso
As transa��es de fus�es e aquisi��es no segmento de siderurgia retomaram f�lego em 2010, ap�s o acentuado recuo no ano anterior. O volume total de neg�cios aumentou 78%, atingindo US$ 27 bilh�es, ante US$ 15 bilh�es em 2009. Os dados s�o do relat�rio Forging Ahead, de 2010, elaborado pela PwC, que faz uma an�lise das fus�es e aquisi��es entre empresas do setor de siderurgia realizadas em 2010 no mundo.
A import�ncia dos pa�ses da Am�rica do Sul no cen�rio global de fus�es e aquisi��es no setor vem se ampliando rapidamente. Os neg�cios na regi�o – em quantidade e valores – aumentaram significativamente atingindo US$ 14,8 bilh�es em 2008. As transa��es na regi�o recuperaram f�lego no ano passado, ap�s o recuo em 2009 (US$ 4,9 bilh�es), mas n�o t�o vigorosamente como em outras regi�es do mundo.