Os recentes problemas pol�ticos em pa�ses do Oriente M�dio fizeram com que o petr�leo do pr�-sal brasileiro ganhasse grande import�ncia nas negocia��es durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil. Uma comitiva de empres�rios americanos que acompanhar� Obama elegeu o pr�-sal como tema fundamental nas rodadas de discuss�es que ser�o promovidas em Bras�lia e no Rio de Janeiro.
O interesse dos americanos pelo petr�leo do pr�-sal foi admitido nesta quinta-feira pelos representantes da C�mara de Com�rcio dos EUA, em S�o Paulo. O diretor do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, Diego Bonomo, disse que dirigentes de 60 empresas norte-americanas participar�o de encontros com o governo e com os empres�rios brasileiros, em Bras�lia, no Rio e em S�o Paulo justamente para conhecer as possibilidades de investimentos que surgir�o com a explora��o do petr�leo da camada pr�-sal.
“Na Casa Branca, h� uma expectativa muito grande n�o s� sobre as rela��es pol�ticas, mas tamb�m sobre a econ�mica”, afirmou Bonomo. “Esperamos abrir possibilidades de neg�cios para as empresas, principalmente, em duas �reas: infraestrutura e energia.”
Segundo Bonomo, o pr�-sal est� enquadrado nas duas �reas. Ele acrescentou tamb�m que as empresas dos EUA est�o interessadas em participar dos projetos da Copa do Mundo de 2014, das Olimp�adas de 2016 e do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). Eles tamb�m querem conhecer detalhes da Pol�tica Nacional de Mudan�as Clim�ticas. “As empresas querem prestar servi�os, vender produtos ou mesmo conhecer como funciona o mercado brasileiro para poderem investir”, disse.
O presidente da C�mara Americana de Com�rcio Brasil-Estados Unidos (Amcham), Gabriel Rico, ratificou o interesse dos americanos no pr�-sal e disse que isso pode servir de “moeda de troca” para o Brasil. Para ele, o governo brasileiro pode exigir a redu��o de barreiras para a exporta��o de etanol e produtos agr�colas a fim de facilitar a entrada das companhias norte-americanas no pa�s.
“Se temos o interesse de entrada de investimentos para o pr�-sal, temos que defender a entrada de produtos agr�colas nos EUA”, disse Rico. “A queda dos os subs�dios � uma postura que o setor privados dos Estados Unidos tamb�m defende, para deixar fluir o mercado.”
Rico classificou a discuss�o sobre os subs�dios agr�colas dos EUA como “important�ssima”. Afirmou, por�m, que uma decis�o sobre o assunto n�o pode ser tomada somente pelo presidente americano. O fim do apoio � produ��o rural deve ser aprovado pelos parlamentares do pa�s. “N�o � poss�vel assinar um acordo, mas o comprometimento do presidente [Barack Obama] � muito importante.”
Al�m da quest�o do petr�leo e dos biocombust�veis, empres�rios do Brasil e dos EUA acreditam que � poss�vel um entendimentos sobre outras quest�es. Dentre os pontos que possivelmente ser�o negociados est�o o reconhecimento de patentes, a avia��o civil e a concess�o de vistos. Isso tudo, entretanto, deve ser discutido tamb�m depois da visita de Obama para que a� sejam firmados acordos. "Talvez n�o tenhamos tempo de firmarmos um n�mero grande de acordos concretos. Entretanto, esta visita deve acelerar as negocia��es em curso", complementou Rico.