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Estado de Minas

Pre�o da cerveja vai subir at� 10%


postado em 18/03/2011 07:10

Mesmo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que a infla��o est� perdendo for�a, a press�o dos pre�os no bolso do consumidor n�o deve ser aliviada t�o cedo. Os fabricantes de refrigerantes e cervejas avisaram ontem que os pre�os destes produtos e da �gua engarrafada v�o subir pelo menos 10% nos pr�ximos 60 dias. A decis�o da ind�stria foi uma resposta � negativa de Mantega em n�o adiar o aumento de impostos incidentes sobre o setor (PIS, Cofins e IPI).

Os tributos ser�o atualizados pela varia��o do �ndice de Pre�os ao Consumidor amplo (IPCA) entre 2009 e 2011. Segundo o vice-presidente da Ambev, da Associa��o Brasileira da Ind�stria do Refrigerante (Abir) e do Sindicato Nacional da Ind�stria da Cerveja (Sindicerv), Milton Seligman, os novos encargos ser�o repassados aos consumidores — o que ser� facilitado pelo forte crescimento da demanda por bebidas.

O executivo destacou que a proposta das empresas era a de manter a atual tabela de impostos em troca de investimentos de R$ 7,7 bilh�es na abertura e amplia��o de f�bricas, o que resultaria na cria��o de pelo menos 60 mil empregos e em R$ 1 bilh�o a mais na arrecada��o aos cofres p�blicos. A Fazenda, por�m, n�o aceitou. Mantega assinalou que, depois de um ano de bons resultados para o setor, chegou a hora de se fazer a corre��o dos tributos. A �ltima revis�o ocorreu em janeiro de 2009. Desde ent�o, o governo optou por n�o fazer nenhuma mudan�a, por causa do estragos provocado pela crise mundial na economia brasileira. "Infelizmente, a tradi��o tem sido de reajustes de impostos a cada mandato presidencial. E o setor � um dos que mais pagam tributos no pa�s", afirmou Seligman.

Em Minas, empres�rios do setor e de segmentos pr�ximos, como bares e restaurantes, tamb�m endossam as cr�ticas ao governo federal. O diretor administrativo do Sindicato das Ind�strias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas) e propriet�rio da Falke Beer, Marco Ant�nio Falcone, classificou o futuro reajuste como “atordoante para as microcervejarias”. “� uma atitude que mostra total despreparo e insensibilidade do governo. Somos um setor de microempresas. Com essa medida, o nosso risco � de fechar. Tentamos, h� mais de tr�s anos, tratamento justo da carga tribut�ria”, afirmou o empres�rio.

Impacto

Donos de bares e restaurantes tamb�m est�o apreensivos com o percentual do reajuste. Muitos n�o sabem ainda se v�o poder repassar toda a diferen�a � clientela, como alega Ant�nio Afonso, propriet�rio do Bar do Toninho, no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste. “O lucro com a bebida est� pequeno. Meu lucro com uma garrafa, em m�dia, � de R$ 1, mas cai bastante quando descontado o gasto com luz, �gua, aluguel etc. Vou evitar repassar toda a diferen�a para o cliente”, diz o comerciante, que, aos s�bados e domingos, vende cerca de oito engradados, o dobro do que negocia em cada dia �til.

No fim da ponta, apreciadores da loira gelada em Belo Horizonte adiantam que t�m estrat�gias para amenizar o impacto do reajuste no bolso. “Vou diminuir em outras coisas, como o tira-gosto”, disse a unviersit�ria Luiza Cotta, de 25 anos, que ontem degustou alguns chopes com as amigas Luana Nascimento, de 24, e Patr�cia Elias, de 23, e o colega Thiago Parreiras, de 24, para quem a sa�da � “diminuir o n�mero de sa�das durante a semana”.


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