
Em nota, a Gol atribuiu o bom desempenho � estabilidade da economia brasileira e ao fortalecimento da classe m�dia brasileira, que j� representa 47% dos clientes da companhia. A nova l�der transporta mais de 90 mil passageiros em cerca de 900 voos di�rios, para 51 destinos em todo o pa�s. “Os n�meros da Anac mostram que estamos no caminho certo e que o nosso modelo de neg�cios � o mais adequado � realidade do Brasil”, afirmou o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior. J� o presidente da TAM, L�bano Barroso, garantiu que “a lideran�a de mercado � desej�vel, por�m, n�o � uma meta que a empresa busca a qualquer custo”.
Crescimento geral
Todas as demais companhias tamb�m cresceram: a Azul passou a deter 7,96% do mercado; a Webjet, 5,89%; a Trip, 2,77%; e a Avianca, 2,58%. O levantamento da Anac indicou ainda que o volume de passageiros transportados cresceu 9,34% no m�s passado, em compara��o a igual per�odo de 2010. O crescimento da demanda dos brasileiros esbarra, contudo, nas p�ssimas condi��es da infraestrutura do setor. Para solucionar esse gargalo, a presidente Dilma Rousseff, conforme entrevista ao jornal Valor Econ�mico, pretende transferir a administra��o dos aeroportos para o setor privado na forma de concess�es. A Infraero, agora sob o comando de Gustavo do Vale, perder� espa�o e ficar� subordinada � Secretaria de Avia��o Civil, que ser� criada no fim deste m�s com status de minist�rio, com a miss�o de salvar o pa�s do caos a�reo anunciado para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimp�adas de 2016.
Adyr da Silva, professor da Universidade de Bras�lia (UnB) e ex-presidente da Infraero, classificou a proposta de concess�es para o setor privado como um “sonho de uma noite de ver�o”, devido � dificuldade de ser implementado. “A ideia � boa, mas, com o emaranhado de leis no Brasil, o processo levar� anos para virar realidade. Basta observar a situa��o do aeroporto de S�o Gon�alo do Amarante, pr�ximo a Natal, que se arrasta h� anos sem ter sa�do a concess�o”, alertou.
J� o consultor da Ernest & Young Luiz Cl�udio Campos acredita que a concess�o do novo aeroporto de Natal sair� at� o fim deste semestre e, no entender dele, ser� um marco para o setor. “A participa��o do setor privado pode se dar de tr�s formas: concess�o; parceria p�blico-privada; e abertura de capital da Infraero”, explicou Campos. O professor de economia da Trevisan Alcides Leite tamb�m considera positivo o modelo de concess�es, pois o governo n�o tem caixa suficiente para bancar sozinho a expans�o da infraestrutura. “Isso j� deveria ter sido feito no governo passado. Estamos atrasados em pelo menos cinco anos e a consequ�ncia � que os aeroportos n�o suportam a demanda atual”, disse.