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Estado de Minas

Fluxo de turismo entre Brasil e Estados Unidos pode ser desburocratizado


postado em 19/03/2011 08:28

O acordo a ser anunciado pelos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e dos Estados Unidos, Barack Obama, ser� “o mais amplo poss�vel”, disse o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, ao falar sobre o assunto na �ltima quinta-feira. Perguntado se o acordo seria t�o amplo a ponto de incluir a dispensa de visto nos passaportes, o ministro afirmou que n�o sabia, mas arrematou mineiramente: “Seria bom, n�?”

Esse � um dos assuntos mais discutidos nas rela��es bilaterais como de fundamental import�ncia para estimular o fluxo de turismo nos dois sentidos, mas o desfecho � sempre adiado. Com a vinda do presidente norte-americano a Bras�lia, criou-se a expectativa de que um dos gestos de boa vontade do visitante poderia ser a inclus�o do Brasil no Visa Waiver Program (VWP) – lista de 36 pa�ses dispensados de visto nos Estados Unidos.

Autarquia respons�vel por aumentar o movimento de visitantes ao Brasil, a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) entende que uma flexibiliza��o nas regras sobre vistos contribuiria favoravelmente para o crescimento do turismo entre os dois pa�ses. O presidente da Embratur, M�rio Moys�s, afirmou que a concess�o de vistos envolve diferentes quest�es de ordem diplom�tica, mas ressaltou que o tema est� na pauta de discuss�es.

Para refor�ar as an�lises t�cnicas sobre o assunto, a US Travel Association, que congrega ag�ncias de viagens nos Estados Unidos, encaminhou carta recentemente ao presidente Barack Obama, solicitando flexibiliza��o do visto de viagem para brasileiros, pelo prazo de 90 dias, conforme revelou o vice-presidente de Marketing Internacional da entidade, Luiz Moura.

Ele acredita que as resist�ncias norte-americanas � exig�ncia de vistos de turistas brasileiros est�o sendo naturalmente minimizadas, uma vez que a pr�pria taxa de rejei��o aos pedidos de visto caiu para mais da metade nos �ltimos dez anos, e atualmente est� numa faixa em torno de 5% ao ano. Esse n�vel permite ao pa�s um tratamento diferenciado na VWP, segundo ele.


Os n�meros sobre o fluxo tur�stico nos dois sentidos s�o defasados, uma vez que o Anu�rio Estat�stico de Turismo, relativo a 2010, ainda n�o foi divulgado. Mas os dados referentes aos dois anos anteriores mostram mais brasileiros viajando para os Estados Unidos do que no sentido inverso, em raz�o principalmente da crise financeira de 2008, que provocou maior impacto na economia norte-americana.

Em 2009, ano em que o turismo estrangeiro para os EUA caiu muito em decorr�ncia dos efeitos da crise, principalmente dos turistas de pa�ses europeus, 892.611 brasileiros aproveitaram a desvaloriza��o do d�lar ante o real para visitar o pa�s e fazer compras em terras norte-americanas. Houve aumento de 16% em rela��o aos 769.232 turistas brasileiros registrados em 2008.

Os brasileiros deixaram US$ 4,2 bilh�es nos Estados Unidos em 2009. Mas, de acordo com estimativa da US Travel, o n�mero de visitantes brasileiros aumentou para algo em torno de 1,1 milh�o de pessoas, e o volume de dinheiro gasto se aproxima de US$ 10 bilh�es.

Segundo maior emissor de turistas para o Brasil, com pouco mais de 12% de todos os estrangeiros que visitam o pa�s – atr�s apenas dos 20% estimados de argentinos - os EUA mandaram 603.674 pessoas para c� em 2009. Menos, portanto, que os 625.506 norte-americanos que nos visitaram em 2008, acompanhando uma tend�ncia mundial que reduziu o n�mero de viagens de lazer pelo mundo.

A retra��o resultou em preju�zo para o turismo receptivo do Brasil - enquanto o pa�s mandava mais gente para o exterior, contabilizava quedas nas entradas de estrangeiros, que somaram 5,05 milh�es de visitas em 2009, mas diminu�ram para 4,8 milh�es no ano passado, de acordo com n�meros do Minist�rio do Turismo.

A conta de viagens internacionais fechou 2010 com d�ficit de US$ 10,5 bilh�es, resultado de despesas de US$ 16,4 bilh�es e receitas de US$ 5,9 bilh�es, segundo n�meros do Departamento Econ�mico do Banco Central. Houve, portanto, um acr�scimo de 87,5% no d�ficit de viagens relativo a 2009, que foi de US$ 5,6 bilh�es.


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