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Estado de Minas

Crescimento da renda leva idosos � compra


postado em 20/03/2011 07:13 / atualizado em 20/03/2011 07:51

As empresas instaladas no Brasil nunca prestaram tanta aten��o nos idosos como hoje. N�o � para menos. Nos �ltimos 19 anos, esse segmento da popula��o cresceu n�o s� em n�mero, mas em poder de consumo. De 1992 a 2010, a popula��o com mais de 60 anos no Brasil quase dobrou, saindo de 11,5 milh�es para 21,5 milh�es.

No mesmo per�odo, a renda m�dia dos mais velhos foi a que mais cresceu, saltando de R$ 660 em 1992 para R$ 1.092 no ano passado, rendimento 58% maior do que o do brasileiro, de R$ 633. Hoje, 82% dos idosos est�o nas classes A, B e C, sendo que 66% deles integram a classe m�dia em ascens�o. Os dados foram cruzados pelo coordenador do Centro de Pol�ticas Sociais (CPS) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Marcelo Neri, a pedido do Estado de Minas.

O c�lculo leva em considera��o n�o apenas os aposentados, beneficiados pelos expressivos reajustes do sal�rio m�nimo, como tamb�m quem continuou a trabalhar. Embora ainda seja dif�cil para uma boa parte de aposentados e pensionistas bancar todas as despesas com o piso da Previd�ncia, os idosos do in�cio do s�culo 21 t�m mais poder de compra, indica o estudo da FGV. Eles compram, viajam, v�o ao cinema, frequentam clubes da terceira idade, ajudam a fam�lia, namoram, casam-se outra vez e t�m uma sa�de melhor do que no fim da d�cada de 90. Movimentam ao ano R$ 234,3 bilh�es, mais de 10% do consumo total do pa�s.

H� exatamente 100 anos, em 1911, o brasileiro gastava 70% da sua vida trabalhando. Hoje, o tempo na labuta n�o chega a 50%, considerando a expectativa de vida de 74 anos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A situa��o pode n�o ser a ideal, tanto que aposentados que ganham acima do m�nimo precisaram pressionar o Congresso para evitar perdas em rela��o a quem ganha o piso, mas os idosos de hoje t�m mais condi��es de consumir. O desafio � sustentar e ampliar esses ganhos.

“Pessoas acima de 60 anos foram o segmento da popula��o que mais conseguiu conquistas nos �ltimos anos”, avalia Marcelo Neri. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), entre 2003 e 2009, quando a nova classe m�dia despontou, a renda m�dia real per capita do brasileiro – descontando a infla��o e o crescimento populacional – cresceu 4,7% ao ano. Enquanto isso, os aposentados que recebem o piso da Previd�ncia, ou seja, o sal�rio m�nimo, tiveram acr�scimo anual de 7,4% em seus rendimentos e aqueles que recebem acima do m�nimo registraram ganho de 4,25% ao ano. “Nesses seis anos, a renda de aposentadoria e de pens�es foi respons�vel por 21% do aumento do bolo de renda do Brasil”, observa.

Problema Mas o crescimento n�o � sustent�vel indefinidamente, alerta Neri. A partir de 2024, a popula��o em idade ativa vai come�ar a cair. Haver� menos gente no mercado de trabalho e menor volume de contribui��o para a Previd�ncia. Some-se a isso o aumento da expectativa de vida, que hoje � de 74 anos e em 2024 deve chegar aos 77 anos. Em menos de duas d�cadas, a popula��o acima de 60 anos vai crescer quase 40%. A expectativa � que em 2030 este contingente some 30 milh�es.

Para especialistas, o desafio � garantir a esta popula��o que est� se aposentando cada vez com mais sa�de acesso a direitos b�sicos da seguridade social. A grande pergunta passa a ser a sustentabilidade da Previd�ncia Social, que este ano tem d�ficit previsto de R$ 61 bilh�es. “� preciso haver uma reorganiza��o da Previd�ncia”, aponta Melissa Folmamm, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenci�rio (IBDP).


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