O presidente da Petrobras, Jos� Sergio Gabrielli, disse nesta ter�a-feira que a pol�tica de conte�do nacional da ind�stria do petr�leo n�o representa, neste momento, um “ponto de estrangulamento” para o desenvolvimento do setor. Segundo ele, o conte�do nacional obtido pela Petrobras � maior do que o exigido por lei.
De acordo com Gabrielli, mesmo nos pr�ximos anos, quando haver� um crescimento do segmento devido ao petr�leo do pr�-sal, a pol�tica n�o dever� representar um problema, j� que os fornecedores brasileiros t�m buscado aumentar a capacidade produtiva.

Al�m disso, Gabrielli, que participou de um encontro no Rio de Janeiro com empres�rios ingleses interessados nas oportunidades do setor energ�tico brasileiro, espera que mais empresas estrangeiras se instalem no Brasil, para refor�ar a pol�tica de conte�do nacional.
“O interesse internacional � enorme. O horizonte que n�s temos [para as empresas estrangeiras] n�o � s� atender �s demandas da Petrobras ou �s demandas brasileiras. Essas empresas est�o se instalando tamb�m olhando para a expans�o internacional dessa demanda, porque as �guas profundas s�o a nova fronteira explorat�ria do mundo. Portanto, quem estiver preparado para atender �s demandas de �gua profunda, vai atender agora ao Brasil, que representa a maior demanda neste momento, mas, posteriormente, pode atender � �frica ou ao Mar Negro, por exemplo”, disse.
O presidente da Petrobras tamb�m disse que o atual pre�o internacional do petr�leo, entre US$ 110 e US$ 115, n�o constitui, por enquanto, um patamar de estabilidade que possa acarretar em aumento do pre�o da gasolina. O �ltimo aumento do combust�vel definido pela Petrobras ocorreu em maio de 2009, quando o barril estava cotado entre US$ 65 e US$ 85.
Sobre o interesse demonstrado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em rela��o ao petr�leo do pr�-sal, Gabrielli disse que, se os norte-americanos quiserem considerar o petr�leo brasileiro um bem estrat�gico, precisam primeiro travar uma alian�a estrat�gica com o Brasil. Essa alian�a poderia se dar por meio de financiamentos de empresas brasileiras por institui��es financeiras dos EUA, de incentivos � vinda de empresas americanas para o Brasil ou da facilita��o para comercializa��o do produto brasileiro nos EUA. “Esse � o desafio que os Estados Unidos t�m”.