“O Brasil precisa de toda forma de energia. Quem diz que o pa�s pode explorar apenas energia e�lica e solar n�o tem o menor conhecimento sobre planejamento energ�tico. � muito amadorismo afirmar isso”, argumentou Othon que participou hoje (23) de uma audi�ncia p�blica organizada de forma conjunta por diversas comiss�es do Senado. “A maioria da popula��o brasileira vive em cidades, onde, at� [para ter] saneamento, precisa de energia para funcionar”, justificou.
Segundo o presidente da Eletronuclear, a trag�dia ocorrida no Jap�o e a infraestrutura das usinas japonesas s�o bem diferentes da situa��o das usinas nucleares brasileiras. “Antes de tudo, entre os terremotos em �rea popular, o do Jap�o foi o maior da hist�ria”, contextualizou Othon.
“No que se refere � estrutura [das usinas japonesas], as centrais nucleares responderam bem ao terremoto”, disse se referindo ao fato de que os problemas nas usinas japonesas foram em consequ�ncia do corte no fornecimento de energia e do aquecimento dos reatores.
Ele acrescentou que o tipo de reator adotado no Brasil � diferente e tem maior n�vel de seguran�a. Ele pondera, entretanto, que “n�o existe nada no mundo 100% seguro, o que buscamos fazer � nunca ficar satisfeitos com a seguran�a”, explicou. “O que mais matou no Jap�o foi teto de casa caindo na cabe�a das pessoas. Nem por isso se proibir� construir tetos no pa�s.”
Othon reiterou que um terremoto como o do Jap�o n�o poderia ocorrer no Brasil. A probabilidade, segundo ele, “� praticamente zero” uma vez que o pa�s est� distante das bordas das placas tect�nicas. A situa��o, afirma o especialista, � mais tranquila porque o tipo de sismo do Atl�ntico Sul n�o provoca tsunamis, j� que as placas da regi�o est�o se afastando enquanto as do Jap�o se chocam. “Al�m disso, as usinas brasileiras n�o precisam de eventos externos para resfriar seus reatores”, acrescentou.