O governo pode adiar pela segunda vez o leil�o do trem-bala, que ligar� as cidades de Campinas, S�o Paulo e Rio de Janeiro. "A inten��o � manter o cronograma, mas h�, sem d�vida, uma s�rie de pedidos de adiamento", admitiu hoje a ministra do Planejamento, M�riam Belchior. "Estamos conversando para avaliar isso", acrescentou.
A solicita��o mais recente de adiamento foi apresentada na semana passada pela Talgo. A fabricante espanhola de trens de alta velocidade negocia com 13 companhias, incluindo grandes construtoras brasileiras, a forma��o de um
A ministra do Planejamento fez quest�o de frisar que ainda n�o h� uma decis�o tomada, mas a alternativa de adiar pela segunda vez a licita��o j� � considerada pelo diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, respons�vel pelo leil�o. "Eu continuo achando que as empresas tiveram tempo suficiente (para fazer os estudos). Mas mais importante que prazo � garantir competitividade e uma proposta adequada para o leil�o", disse ao Grupo Estado.
"� medida que for percebida uma demanda por prazo adicional, vou levar a quest�o para o governo deliberar. Se tiver uma percep��o de que o mercado precisa de mais prazo, o governo ser� sens�vel ao pleito", acrescentou Figueiredo.
O primeiro adiamento do leil�o foi anunciado em novembro do ano passado. Diante do risco de ter apenas um concorrente na disputa do projeto, or�ado em mais de R$ 33 bilh�es, a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), respons�vel pela condu��o do leil�o, optou em dar mais prazo para que outros cons�rcios pudessem ser formados. At� aquela data, apenas um grupo, liderado por empresas coreanas, tinha se comprometido a participar da licita��o.
Press�es
Al�m das press�es empresariais, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) tamb�m tem atuado para tentar adiar o leil�o. Na semana passada, o MPF no Distrito Federal entrou com uma a��o na Justi�a pedindo a suspens�o da licita��o.
Os procuradores defendem que o leil�o do trem-bala s� pode ser feito depois que o governo concluir a licita��o das outorgas de todas as linhas de transporte rodovi�rio interestadual e internacional no Pa�s, outra novela que se arrasta desde 2008.
O Minist�rio P�blico argumenta que, sem a concess�o das linhas de transporte rodovi�rio de passageiros, n�o se pode garantir a adequa��o dos estudos de viabilidade do trem-bala, que foram baseados nos pre�os e condi��es atuais das linhas de �nibus entre Campinas e Rio de Janeiro. Para os procuradores, essas condi��es poder�o mudar "significativamente" ap�s as novas outorgas.