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Estado de Minas

Governo alem�o pode rever empr�stimo que viabilizaria constru��o de Angra 3


postado em 26/03/2011 10:09

O governo brasileiro fez a op��o por ignorar a decis�o da Alemanha de suspender o funcionamento de usinas nucleares constru�das antes da d�cada de 1980, apesar das semelhan�as entre os empreendimentos do tipo nos dois pa�ses e do acordo bilateral existente desde 1975 — que prev� o suporte financeiro dos alem�es na constru��o da usina Angra 3, em Angra dos Reis (RJ).

Agora, duas semanas ap�s a trag�dia nuclear no Jap�o e a suspens�o por tr�s meses das opera��es em sete reatores nucleares no pa�s europeu, o Minist�rio da Economia germ�nico decidiu reavaliar as garantias aos financiamentos previstos para Angra 3.

O montante envolvido � de 1,3 bilh�o de euros (mais de R$ 3 bilh�es), dinheiro que seria utilizado na aquisi��o de tecnologia, produtos e servi�os para a usina brasileira. O financiamento da Alemanha equivale a um ter�o do dinheiro previsto no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) para Angra 3, cuja retomada da constru��o come�ou no ano passado. Se a Alemanha decidir pela suspens�o do financiamento, a terceira usina nuclear brasileira poder� n�o sair do papel.

O governo da chanceler Angela Merkel decidiu suspender as opera��es nos reatores nucleares mais antigos do pa�s depois do acidente em Fukushima, no Jap�o, em decorr�ncia de um terremoto seguido por um tsunami. As tr�s usinas brasileiras — Angra 1, 2 e 3 — t�m projetos anteriores � d�cada de 1980. Angra 2 e Angra 3 s�o citadas no acordo bilateral de 1975 e t�m a mesma tecnologia dos reatores alem�es. Mesmo assim, as estatais brasileiras respons�veis pelo funcionamento das usinas e os minist�rios que definem o programa nuclear do pa�s n�o enxergaram qualquer raz�o para mudan�as nos procedimentos de seguran�a, ou mesmo para a suspens�o das atividades. O m�ximo que ser� feito � uma verifica��o desses procedimentos.

Em comunicado divulgado na �ltima quarta-feira, o Minist�rio da Economia da Alemanha informou que cobrar� do governo brasileiro informa��es sobre “procedimentos” e “padr�es” que ser�o adotados em Angra 3. Como a usina � um projeto da d�cada de 1970 — inclusive com equipamentos adquiridos naquele per�odo —, a pasta germ�nica quer saber o que foi feito para tornar Angra 3 uma usina nuclear segura. Essa � uma condicionante para a manuten��o do bilion�rio suporte financeiro ao projeto.

“O governo discute, agora com mais intensidade, essa fian�a federal para cr�dito de exporta��o com rela��o � tecnologia nuclear”, diz um comunicado do Minist�rio da Economia. Dentro da Eletrobras Eletronuclear, estatal respons�vel pela constru��o de Angra 3, gestores admitem que a decis�o de suspender as atividades dos reatores nucleares no pa�s europeu deve interferir nos financiamentos previstos para Angra 3. Outros �rg�os internacionais, por�m, podem decidir fazer parte do empreendimento, segundo esses gestores. Oficialmente, a estatal diz que n�o houve qualquer contato da ag�ncia de cr�dito alem� para reavaliar a participa��o. A Eletrobras tamb�m afirma n�o ter sido comunicada oficialmente e que, por isso, n�o comentaria o assunto.

Servi�os


Segundo a Eletrobras Eletronuclear, os servi�os de engenharia e as aquisi��es de equipamentos no mercado internacional custar�o 1,5 bilh�o de euros (R$ 3,5 milh�es), o que s� ser� vi�vel por meio de financiamentos internacionais. O cr�dito deve ser providenciado por um pool de bancos europeus, tendo � frente o franc�s Societ� Generale. A garantia dos empr�stimos, conforme o acordo firmado, � responsabilidade de uma ag�ncia alem� de cr�dito � exporta��o, a Hermes. O objetivo do governo germ�nico, ao garantir essa fian�a, � estimular as exporta��es do pa�s.

Obras


O in�cio das obras de Angra 3 foi em 1984, mas logo foram paralisadas. O projeto foi retomado em 2010, no �mbito do PAC, e � uma das prioridades da pol�tica de expans�o de gera��o de energia do governo Dilma. Se ficar pronta em 2015, conforme o previsto, Angra 3 incrementar� em 70% a gera��o de energia nuclear produzida na regi�o. Os gastos previstos no PAC s�o de R$ 9 bilh�es.


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