Apesar das medidas tomadas nos �ltimos tr�s meses pelo Banco Central (BC) para reduzir o ritmo do cr�dito, pesquisas mostram que os financiamentos continuam num patamar alto, insuficiente para conter o consumo e a escalada da infla��o. O BC deve divulgar nesta ter�a-feira um relat�rio com os resultados do cr�dito em fevereiro, com n�meros ainda altos.
Levantamento preliminar feito pela Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) com seis grandes institui��es financeiras indica que o saldo dos empr�stimos para empresas aumentou 1,8% em fevereiro em compara��o com janeiro. Foi a maior expans�o mensal desde novembro de 2010.
Nos financiamentos ao consumidor, houve um acr�scimo de 1,2% no saldo do m�s passado em rela��o a janeiro, o mesmo ritmo de expans�o registrado nos dois �ltimos meses. Quando se avalia a m�dia di�ria, j� descontados fatores sazonais, a pesquisa mostra que o volume de empr�stimos em fevereiro cresceu 0,4% em rela��o a janeiro para empresas e recuou 2,3% no caso dos consumidores.
“N�o houve retra��o no cr�dito na dimens�o esperada pelo BC”, diz o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, ponderando que � cedo para afirmar que � uma tend�ncia. Os n�meros do BC de janeiro mostraram que o cr�dito crescia cerca de 20% quando se leva em conta um per�odo de 12 meses. Sardenberg acredita que esse ritmo foi mantido ou at� ligeiramente superado no m�s passado.
Outra pesquisa do setor financeiro confirma os resultados da sondagem da Febraban. Segundo a Serasa Experian, o n�mero de consumidores interessados em obter um empr�stimo aumentou 16,3% no primeiro bimestre deste ano em rela��o a igual per�odo de 2010. Foi praticamente o mesmo ritmo de crescimento de dezembro de 2010 na compara��o com 2009 (16,4%). A pesquisa considera as consultas feitas por CPF de clientes de lojas.