Uma s�rie de medidas tomadas pelo Minist�rio de Minas Energia (MME) pode baratear as contas de luz nos pr�ximos anos, estimou nesta ter�a-feira o secret�rio de Planejamento e Desenvolvimento Energ�tico do minist�rio, Altino Ventura Filho.
Durante o 1º Semin�rio sobre a Matriz Energ�tica, promovido pela Funda��o Getulio Vargas, no Rio, o secret�rio disse que, dentre as medidas, est� o uso potencial do baga�o de cana-de-a��car para gera��o de energia el�trica, que deve ter a explora��o ampliada nos pr�ximos dez anos.
Ventura tamb�m citou os leil�es de energia el�trica, dos quais participam empresas geradoras de eletricidade e os compradores, que s�o os distribuidores. "No Brasil, o suprimento de energia se d� partir da competi��o e se reflete no menor custo poss�vel", afirmou.
Segundo ele, outra forma de baratear os custos, no curto prazo, � a inclus�o da Regi�o Norte no Sistema Interligado Nacional. Dessa maneira, os usu�rios v�o receber energia de hidrel�tricas e n�o mais de t�rmicas, que, al�m de mais caras, s�o mais poluentes.
Para incentivar a maior utiliza��o do baga�o de cana na matriz energ�tica, o secret�rio lembra que o minist�rio tem pol�ticas de diversifica��o, que preveem uma participa��o maior de usinas hidrel�tricas. Atualmente, lembrou o secret�rio, a matriz brasileira ainda � muito dependente do petr�leo.
"No nosso plano para os pr�ximos dez anos, 70% do incremento de mercado de energia, vamos atender com hidreletricidade, que � mais competitiva que outras fontes", afirmou Ventura, explicando que, por meio de novas tecnologias, essas usinas causam cada vez menos impactos ambientais.
Os outros 30% de incremento previstos pelo governo devem vir de outras fontes renov�veis como as usinas e�licas, em fun��o da voca��o da costa brasileira para a forma��o de ventos e o g�s natural, que deve ter a oferta aumentada a partir da explora��o de reservas localizadas na �rea do pr�-sal.
Durante o semin�rio, Ventura disse que, para diminuir o pre�o da conta luz, tamb�m � preciso rever a pol�tica fiscal do pa�s, que, em muitos estados, segundo ele, faz com que os impostos tenham uma incid�ncia "desigual".