
Os fiscais da Anvisa v�o coletar amostras dos alimentos e envi�-las aos laborat�rios que integram a rede da comiss�o nuclear, localizados no Rio de Janeiro e em S�o Paulo. A carga ficar� retida nos portos e aeroportos e liberada somente depois do aval da comiss�o. N�o foi estipulado prazo para o resultado da an�lise laboratorial. Segundo a gerente de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, a avalia��o deve ser r�pida.
Outra medida prev� que os produtos aliment�cios de 12 prov�ncias pr�ximas � Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, onde ocorreu o vazamento de material radioativo, dever�o vir com um certificado comprovando exame e libera��o por parte da autoridade sanit�ria japonesa.
Denise Resende afirmou que a chance de um alimento contaminado por radia��o chegar ao Brasil � baixa. Segundo ela, o pa�s compra poucos alimentos de origem japonesa. A maioria � formada de massas para a fabrica��o de produtos de padaria, pastelaria e biscoitos. “O governo japon�s j� proibiu a exporta��o [de produtos da regi�o de Fukushima]. A quantidade que vem para o Brasil � pouca”, disse.
A gerente informou ainda que a �ltima importa��o a chegar ao Brasil, de massa aliment�cia para padaria e pastelaria, tem data anterior ao dia 11, quando ocorreu o terremoto. A Anvisa vai refor�ar tamb�m a fiscaliza��o nas bagagens de passageiros vindos do Jap�o para evitar a entrada de alimentos. Nos avi�es, ser�o emitidos avisos pelo sistema de som alertando os passageiros que � proibido ingressar no Brasil com comida proveniente de outro pa�s. As medidas definidas pelo governo federal para o monitoramento dever�o ser divulgadas hoje (31) em nota t�cnica.
Na �ltima segunda-feira (28), o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecu�rios divulgou nota em que reclama da falta de orienta��o e de procedimentos para fiscalizar navios e produtos vindos do Jap�o que desembarcam no Porto de Santos. A preocupa��o da categoria � porque os pr�ximos carregamentos devem chegar por volta do dia 11 de abril e, de acordo com a entidade, os trabalhadores n�o disp�em de aparelhos para medir o n�vel de radia��o das cargas.
O sindicato afirma ainda que diversos produtos japoneses est�o chegando ao Brasil. “Ao contr�rio do que afirma a Anvisa, que em comunicado informou que o Brasil s� importou misturas e pastas para a prepara��o de produtos de padaria, pastelaria e da ind�stria de bolachas e biscoitos, categoria de alimentos sem ind�cios de contamina��o com radionucl�deos, toda semana arroz arb�reo, bebidas alcoolicas (saqu�), shiitake e algas marinhas desidratadas, para citar alguns exemplos, chegam ao Porto de Santos”, diz a nota.