
O Itamaraty organiza o almo�o que ser� oferecido pelo governo brasileiro a 800 convidados entre autoridades e empres�rios dos dois pa�ses no Hotel China World Summit Wing, em Pequim. Para a Forno de Minas, a degusta��o abre oportunidade especial de fortalecer uma pol�tica de exporta��es implementada desde meados de 2009, quando a fam�lia Mendon�a e o s�cio Vicente Camiloti retomaram a marca, que havia sido vendida 10 anos antes � norte-americana Pillsbury.
O diretor-presidente da empresa, H�lder Couto Mendon�a, j� confirmou presen�a na comitiva brasileira, informou, ontem, a assessoria de imprensa da Forno de Minas. O convite foi feito pela Ag�ncia Brasileira de Promo��o de Exporta��es (Apex), vinculada ao Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior. Com uma produ��o de 800 toneladas mensais da receita de p�o de queijo criada pela matriarca da fam�lia, dona Dalva, a Forno de Minas fez a sua primeira investida no mercado americano e neste ano iniciou embarques para Portugal.
Mais divulga��o
A falta de investimentos na divulga��o dos produtos brasileiros na China imp�e uma das maiores dificuldades � participa��o do pa�s e de Minas Gerais nas compras gigantescas da locomotiva asi�tica, segundo Tang Wei, diretor-geral da C�mara Brasil China de Desenvolvimento Econ�mico, com sede em S�o Paulo. O executivo chamou a aten��o de profissionais da �rea de com�rcio exterior de diversas empresas com quem se reuniu ontem em Belo Horizonte, em semin�rio promovido pelo World Trade Center (WTC), institui��o mantida na capital mineira.
“Recebemos delega��es de investidores da China toda semana em S�o Paulo e s�o pouqu�ssimas as refer�ncias a Minas Gerais. Quando elas s�o feitas, se limitam � ind�stria da minera��o no estado”, afirmou Tang Wei. O executivo da C�mara Brasil China de Desenvolvimento afirmou que a divulga��o dos produtos brasileiros no mercado chin�s tem de ser organizada como pol�tica permanente e investimento de longo prazo. “Chin�s � igual o mineiro. No come�o, desconfia de tudo e antes de fechar neg�cio tem de fazer amizade com o parceiro comercial”, disse.
A vis�o de Tang Wei sobre as perspectivas de o Brasil incrementar as exporta��es para a China e atrair investidores do pa�s parte do pressuposto de que a economia e a pol�tica do governo do gigante asi�tico est�o mudando. A super�vit da balan�a de com�rcio do pa�s tende a diminuir, no racioc�nio do executivo, para ceder espa�o a ida �s compras dos chineses.
Jorge Duarte de Oliveira, diretor da Central Exporta Minas, institui��o que tem se dedicado a incrementar as rela��es comerciais com o exterior, concorda com Tang Wei. “N�o se trata de um mercado f�cil de se conquistar, mas precisamos ser mais agressivos”, afirma Oliveira. Entre as perspectivas do Brasil na China, os executivos destacam o processamento de produtos agr�colas, m�quinas e equipamentos de alta tecnologia e servi�os de engenharia e constru��es.