
Na pr�tica, Mantega e Palocci s�o hoje os dois ministros mais poderosos e influentes do governo Dilma e as diferen�as entre os dois tamb�m envolvem a disputa pela indica��o do rumo que a presidente dever� seguir na condu��o da economia de sua administra��o. Mantega comanda a equipe econ�mica, mas Palocci � o gerente do governo. Com vis�es diferentes, j� n�o � segredo os bombardeios m�tuos nos bastidores.
Hoje, apesar de toda a influ�ncia de Palocci, que se aproximou muito de Dilma durante a campanha presidencial, Mantega leva vantagem nessa queda de bra�o, inclusive na op��o dos instrumentos para conter a elevada valoriza��o do real, que est� contabilizada em 32%, nos �ltimos dois anos. Essa vantagem � atribu�da ao sucesso da atua��o conjunta de Fazenda e Banco Central (BC) durante a crise financeira de 2008 e das “medidas macroprudenciais”, o novo receitu�rio aplicado a partir de dezembro do ano passado.
O BC refor�ou o uso dessas medidas no Relat�rio de Infla��o divulgado nesta semana e estabeleceu uma comunica��o direta com o mercado: 2011 ser� um ano “de um pouquinho mais de infla��o”. O BC n�o vai patrocinar um choque nos juros para jogar o Pa�s numa recess�o e dar como pr�mio o retorno da infla��o ao centro da meta de 4,5%. O horizonte � uma infla��o menor somente em 2012. Por�m, o BC deixou engatada uma marcha � r� ao afirmar que “a estrat�gia de pol�tica monet�ria pode eventualmente ser reavaliada, em termos de sua intensidade, de sua distribui��o temporal ou de ambos”.