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Estado de Minas

Escolha de Murilo Ferreira para a Vale gera repercurss�o internacional


postado em 05/04/2011 11:56 / atualizado em 05/04/2011 12:19

A escolha de Murilo já era aventada entre os controladores, mas não deixou de ser uma surpresa(foto: Beto Novaes/Estado de Minas - 10/02/2005 )
A escolha de Murilo j� era aventada entre os controladores, mas n�o deixou de ser uma surpresa (foto: Beto Novaes/Estado de Minas - 10/02/2005 )
A escolha do executivo Murilo Ferreira para a presid�ncia da Vale, decidida na noite desta segunda-feira pelos controladores da companhia j� gerou repercuss�es pelo mundo. Dois grandes jornais internacionais destacaram a escolha do novo presidente como uma manobra do governo federal de controlar a maior companhia privada do pa�s. Ferreira vai substituir Roger Agnelli, que em julho completaria dez anos na presid�ncia da companhia.

O jornal americano Wall Street Journal destacou na sua edi��o de ter�a-feira que a sa�da de Roger Agnelli do cargo de presidente foi for�ada, depois de uma longa batalha com o governo do pa�s. Ainda de acordo com o texto, o governo tenta exercer influ�ncia para a Vale contribuir mais para o mercado interno.

A informa��o vem da declara��o do Ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, feita nessa segunda-feira que que a Vale precisa contribuir mais com o mercado interno. “Ela precisa contribuir mais fortemente com os interesses do pa�s", disse. O ministro usou como exemplo a necessidade de agregar valor ao min�rio de ferro antes de export�-lo.

J� a revista brit�nica Financial Times (FT), na coluna de Jonathan Wheatley, disse nesta ter�a-feira que se Ferreira realmente for a escolha de Dilma, o fato s� vai confirmar o medo dos investidores de que mesmo a empresa sendo privada, o governo tem forte influ�ncia nais mais altas inst�ncias da Vale.

Segundo fontes que acompanham o processo, Ferreira era o candidato da presidente Dilma Rousseff. Os dois se conheceram quando o executivo era presidente da Albr�s, fabricante de alum�nio, e Dilma era ministra das Minas e Energia. Como a Albr�s � grande consumidora de energia e Ferreira � especialista no assunto, os dois estiveram reunidos v�rias vezes e trocavam informa��es sobre o setor.

O texto revela ainda que a sa�da de Agnelli foi devido ao interesse do pa�s em focar na produ��o nacional de a�o, em detrimento das exporta��es para a China. O FT ainda disse que o governo ganhou essa batalha.

BNDES


De acordo com o presidente do BNDES, que participou nesta ter�a-feira de um semin�rio na Associa��o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em S�o Paulo, a escolha de Murilo n�o deve n�o deve alterar a disposi��o da companhia para atuar na produ��o de a�o. De acordo com ele, a atual diretoria presidida por Rog�rio Agnelli j� manifestava interesse em atuar nessa �rea.

A assessoria de imprensa da Vale informou que a companhia atua em quatro projetos para produ��o de a�o no Brasil. Um deles � o da A�o Laminados do Par� (Alpa), que contar� com investimento total de US$ 3,2 bilh�es, inteiramente de responsabilidade da Vale, e deve come�ar a produzir a partir de 2014, com min�rio de ferro retirado de Caraj�s.

O candidato

Ferreira � ex-funcion�rio da Vale. Trabalhou na companhia duas vezes. Na �ltima, de 1998 at� 2009, quando presidia a Vale Inco no Canad�. Problemas com os sindicatos locais, que mais tarde culminaram numa prolongada greve, contribu�ram para que o executivo tivesse problemas de sa�de e deixasse a empresa.

A escolha de Murilo j� era aventada entre os controladores, mas n�o deixou de ser uma surpresa. O favorito era Tito Martins, diretor executivo e atual presidente da Inco. Jos� Carlos Martins, diretor executivo de Estrat�gia, Vendas e Marketing, tamb�m corria por fora. A decis�o por Ferreira cai ser oficializada em uma reuni�o dos acionistas nessa quinta-feira.

A��es da Vale

 

As a��es da Vale concentram boa parte dos neg�cios realizados na Bolsa de Valores de S�o Paulo logo no in�cio dos neg�cios desta ter�a-feira. No meio da manh�, a a��o preferencial da Vale teve alta de 0,16%, enquanto a ordin�ria teve pequena queda de 0,09%, com neg�cios de R$ 18 milh�es.

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