
Ao contr�rio, Murilo Ferreira, que assume oficialmente a presid�ncia a partir de 22 de maio, iniciou a gest�o Agnelli como um de seus homens de confian�a e deixou a Vale como mais um desafeto, depois de um per�odo de desgaste com o executivo, de quem discordou radicalmente da decis�o de insistir na aquisi��o da Xstrata.
A compra da mineradora anglo-su��a - que passou a ser tratada por Agnelli quase como uma quest�o pessoal - acabou n�o ocorrendo. A Vale se livrou do que seria um p�ssimo neg�cio �s v�speras da crise global que estourou em agosto de 2008, mas o v�nculo entre os dois executivos j� havia se desfeito.
Depois de um infarto, Ferreira decidiu seguir carreira profissional fora da mineradora e aliou-se a Gabriel Stoliar - outro executivo que deixou a Vale com a rela��o estremecida com Agnelli - na cria��o da gestora de recursos Studio Investimentos de onde saiu recentemente.
A indica��o de Ferreira, formalizada pela Vale na noite de segunda-feira, foi tratada com sigilo rigoroso mesmo no principal f�rum de decis�o da empresa. Apenas quatro dos 11 membros do Conselho de Administra��o participavam da negocia��o para trazer o executivo de volta.
O grupo era formado por um representante de cada acionista: Luciano Coutinho, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES); Oscar Camargo, pela Mitsui; M�rio da Silveira Teixeira Junior, pela Bradespar, e Ricardo Flores, pela Previ.
Ferreira, acreditam, � um nome que atende aos interesses do governo sem assustar o mercado. Aos 58 anos e com mais de 30 de experi�ncia em minera��o, ele exerceu a diretoria executiva de Participa��es e Novos Neg�cios na Vale, cargo que acumulou com a presid�ncia da Inco, que ocupava quando se afastou da empresa.