Com uma demora de um ano e sete meses, o plen�rio da C�mara aprovou na noite dessa quarta-feira o acordo entre os governos do Brasil e do Paraguai sobre o valor da energia gerada em Itaipu. Em setembro de 2009, o Brasil aceitou pagar tr�s vezes mais ao Paraguai pela cess�o da energia n�o consumida pelo pa�s vizinho, subindo dos atuais US$ 120 milh�es para US$ 360 milh�es anuais.
O atraso na aprova��o do acordo pelo Legislativo brasileiro est� criando uma saia-justa para a presidente Dilma Rousseff. Ela pretende viajar em maio ao Paraguai, mas n�o poder� chegar l� sem a concretiza��o do acordo. A altera��o no Tratado de Itaipu j� foi aprovada pelo Parlamento paraguaio. O DEM e o PSDB
A vota��o deixou claro que a decis�o de pagar mais pela energia de Itaipu n�o � apenas uma conta num�rica e uma discuss�o econ�mica. Est�o em cena a rela��o pol�tica e diplom�tica com o Paraguai e a estrat�gia geopol�tica do governo. Ao acertar rever o tratado com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, o ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva ressaltou a import�ncia de o Brasil n�o ter um pa�s pobre como vizinho e de combater a desigualdade regional.
O relator da proposta na C�mara, deputado Doutor Rosinha (PT-PR) ao defender a proposta, disse que o acordo representa pouco para o Brasil, mas significa bastante para o Paraguai. Segundo Rosinha, a remunera��o pela energia de Itaipu representa cerca de 20% do total das receitas do Paraguai.