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Estado de Minas

Dilma deixa a desejar no c�mbio, diz economista


postado em 09/04/2011 13:56

No geral, o governo Dilma Rousseff est� se saindo bem nestes primeiros 100 dias que se completam neste domingo, avalia o economista-chefe da Siemens Brasil e professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP), Antonio Corr�a de Lacerda. Para ele, Dilma tem mostrado serenidade no cargo e soube escolher auxiliares. Um dos pontos destacados pelo economista � a capacidade da presidente de conseguir estabelecer uma sinergia entre o Banco Central (BC) e o Minist�rio da Fazenda. Na gest�o do antecessor Luiz In�cio da Silva, eram comuns as trocas de farpas pela imprensa entre os dois �rg�os.

No que diz respeito � condu��o da pol�tica fiscal, Lacerda classifica de "feliz" a decis�o de anunciar um corte de R$ 50 bilh�es no Or�amento da Uni�o para 2011. No fim do ano passado, quando perguntado sobre quais seriam os principais desafios dos primeiros 100 dias do governo Dilma, Lacerda e outros analistas citavam a pol�tica fiscal. Ele ressalta, no entanto, que a disciplina fiscal ficou por enquanto apenas na sinaliza��o, j� que, na pr�tica, na opini�o dele, n�o houve corte.

"Na verdade, o novo governo j� pegou o Or�amento pronto com R$ 50 bilh�es a mais e cortou este adicional", afirmou. "Se compararmos com o ano passado, o governo vai at� gastar mais. Isso � uma realidade. Por outro lado, o Brasil n�o est� com uma situa��o fiscal t�o ruim como Portugal, Espanha e Irlanda, entre outros. Por isso, pode cortar mais gastos sem comprometer o crescimento", analisa o professor da PUC-SP. "A situa��o fiscal do Brasil permite o governo fazer o ajuste com o carro andando. N�o faria sentido cortar gastos e interromper o crescimento."

Lacerda elogia tamb�m a autua��o do governo Dilma no combate � infla��o. "Mesmo sendo um problema mundial, o governo tem combatido a infla��o com gradualismo", afirmou. "N�o teria sentido elevar tanto a taxa de juros para frear o crescimento e investimentos porque isso n�o traria resultado no curto prazo." Ele entende que o melhor � jogar para frente o horizonte de converg�ncia da infla��o, ou seja, para 2012, como o Banco Central j� sinalizou que deve fazer. "Parte desta infla��o vem de fora e aumentar juros para combat�-la elevaria muito a d�vida sem que os pre�os caiam", explica.

C�mbio

� no c�mbio que, na opini�o de Lacerda, o governo tem deixado a desejar nestes primeiros 100 dias. "Acho que est� faltando senso de urg�ncia em reconhecer o problema cambial", diz. "O ruim � que o governo tem tomado medidas, mas medidas insuficientes", afirma o economista, para quem o problema maior continua sendo o diferencial de juros. Com a enorme liquidez no mundo, diz ele, os d�lares v�m para o Brasil atr�s dos juros altos.

Para Lacerda, alguns desafios continuam para o governo Dilma, al�m da quest�o do c�mbio. "O governo deveria combater a indexa��o e criar uma estrutura a termo de taxa de juros para beneficiar os investimentos de longo prazo", diz.


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