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Estado de Minas

Cresce n�mero de jovens que buscam empregos em fazendas de outros pa�ses


postado em 10/04/2011 08:54 / atualizado em 10/04/2011 08:59

Flávio Salis Martins l Estudante de agronomia l 22 anos l Porto Alegr(foto: Arquivo Pessoal )
Fl�vio Salis Martins l Estudante de agronomia l 22 anos l Porto Alegr (foto: Arquivo Pessoal )

Trabalhar nos milhares de hectares destinados � produ��o agropecu�ria no Brasil? Nem pensar. Mas, se for para ordenhar vacas na Nova Zel�ndia ou carregar balaios de uvas na Su��a ou na Fran�a, a resposta j� pode ser bem diferente. Tanto que � crescente o n�mero de jovens brasileiros que embarcam em busca de uma experi�ncia �nica de trabalho no exterior, mesmo que seja para exercer fun��es que se assemelhem �s de camponeses ou pe�es das fazendas de Minas ou de qualquer outro recanto do pa�s.

Apesar de n�o haver uma estat�stica de quantos brasileiros j� se aventuraram pelas propriedades rurais estrangeiras, o glamour que o destino confere ao trabalho e a ideia de passar uma temporada rodeado de paisagens buc�licas nos alpes su��os ou nas regi�es id�licas e inexploradas da Nova Zel�ndia atraem cada vez mais adeptos. Alguns v�o para formar um p� de meia, outros querem ganhar flu�ncia no idioma ou aplicar os conhecimentos da faculdade. E h� os que apostam na aventura por mera divers�o.

S� que para encarar esse novo estilo de viagem � preciso ficar atento �s exig�ncias de visto de trabalho de cada pa�s. No caso da Fran�a, � dispensado o visto de curta dura��o no per�odo m�ximo de 90 dias. Por�m, � exigida a Autoriza��o Provis�ria de Trabalho (APT). J� na Nova Zel�ndia, o documento � obrigat�rio. Achar uma vaga tamb�m n�o � f�cil. Normalmente, � preciso entrar em contato com os empregadores antes de sair do Brasil. Al�m disso, ainda � necess�rio disposi��o para acordar de madrugada, passar horas agachado na terra, carregar caixas e caixas de frutas debaixo de sol e chuva e esquecer a dieta balanceada (veja relatos).

Foi o que fez o estudante de agronomia de Porto Alegre (RS) Fl�vio Salis Martins ao optar por interromper a faculdade e comprar uma passagem para a Nova Zel�ndia, em abril de 2010. “Aprender ingl�s, viver experi�ncias diferentes e ainda associar a isto alguma oportunidade de desenvolvimento profissional seriam tr�s fatores que poderia conciliar indo para a Nova Zel�ndia”, conta. O destaque do pa�s na produ��o leiteira foi um dos principais atrativos para o estudantes de 22 anos.

O pa�s da Oceania tamb�m foi a op��o do tecn�logo em constru��o naval de S�o Jos� do Rio Preto Marlon dos Santos Pelegrino. O objetivo principal era aprender o ingl�s, uma vez que em sua �rea tinha que lidar todos os dias com profissionais do mundo todo. “A Nova Zel�ndia era o pa�s que tinha os menores custos e trabalhar nos campos seria mais f�cil, pois � onde h� mais oportunidades de contrata��o”, explica. A ideia era ganhar dinheiro para pagar o curso e depois aprimorar os conhecimentos da l�ngua com a conviv�ncia nas planta��es de frutas. Foram v�rias as fazendas e fun��es exercidas ao longo de dois meses. “Colhi abacate, lim�o, mandarim e participei da prepara��o para plantio do kiwi”, enumera.

Trabalhar na colheita tamb�m virou especialidade do m�sico Oliver Scaravaglioni, que desde 2007 vai para a regi�o vin�cola da Su��a, na beira do lago de Genebra, para participar da safra da uva. S�o de duas a tr�s semanas de trabalho intenso, mesclado com shows para turistas na pr�pria vin�cola. “Fa�o o carregamento das uvas e, em 2009, transportei 1.161 caixas, no total de 19 toneladas, um recorde na vin�cola”, conta. A cada novo carregamento s�o 50 quilos levados nas costas nas encostas da montanha. Assim como Marlon e Fl�vio, Oliver garante que este trabalho n�o � para qualquer um e j� viu v�rias pessoas desistindo no meio da colheita. Apesar das dificuldades, todos garantem que a experi�ncia foi v�lida.


AVENTURA EXIGE CUIDADOS
No Brasil, as ag�ncias de interc�mbio e viagem n�o costumam fazer a intermedia��o com os empregadores no pa�s de destino. Por isso, o ideal � embarcar com o emprego garantido. No caso da Fran�a, este contato pr�vio � fundamental j� que, para efetuar qualquer trabalho remunerado na regi�o, � preciso apresentar a Autoriza��o Provis�ria de Trabalho (APT). O pedido deste documento deve ser feito pelo pr�prio empregador franc�s e � indispens�vel esperar sua libera��o. No caso da Nova Zel�ndia, o empregador deve ter uma autoriza��o da imigra��o do pa�s para contratar estrangeiros para somente depois fechar contrato com o empregado. O brasileiro que conseguir a vaga, deve pedir o visto de trabalho no consulado da Nova Zel�ndia no Brasil ou em um posto de imigra��o no pa�s.


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