Impulsionado por restos a pagar, gasto com PAC cresce nos 100 primeiros dias do governo Dilma

Impulsionado por recursos de anos anteriores, o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) chega aos 100 dias do governo da presidenta Dilma Rousseff com crescimento em rela��o ao ano passado. De 1� de janeiro at� hoje (10), o governo gastou R$ 6,559 bilh�es com as a��es do programa, montante superior ao gasto nos quatro primeiros meses do ano passado, que tinha sido de R$ 5,379 bilh�es. Para dar conta desse crescimento, o governo tem recorrido, como nos �ltimos anos, aos restos a pagar %u2013 recursos autorizados em anos anteriores para serem gastos nos exerc�cios seguintes. Do or�amento de R$ 39,750 bilh�es no PAC para este ano, o governo gastou apenas R$ 91,354 milh�es. O restante das despesas executadas vem dos restos a pagar, que responderam por R$ 6,468 bilh�es gastos. O montante equivale a 98,6% das execu��es do programa em 2011. As obras de transporte est�o na frente se forem consideradas as �reas de atua��o do PAC. O Minist�rio dos Transportes � o principal respons�vel pela execu��o do programa neste ano, com R$ 3,112 bilh�es gastos, dos quais R$ 2,939 bilh�es est�o concentrados no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em seguida, vem o Minist�rio das Cidades, com R$ 2,605 bilh�es executados, e o Minist�rio da Integra��o Nacional, com R$ 432,862 milh�es. Consideradas as a��es individuais, no entanto, o Programa Minha Casa, Minha Vida lidera os gastos do PAC. As transfer�ncias de recursos para o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) somaram R$ 1,7 bilh�es. A quantia corresponde a 26% do total gasto no PAC em 2011. Em segundo lugar, est� a subven��o econ�mica � moradia popular em cidades de at� 50 mil habitantes, com R$ 162,1 milh�es. O levantamento analisou 1.288 a��es que integram o PAC. Entre as obras de infraestrutura, a recupera��o da BR-101 em Alagoas, a constru��o da BR-163 entre o Mato Grosso e Santar�m (PA) e a manuten��o de trechos da BR-116 em Minas Gerais foram as que mais gastaram neste ano. As tr�s obras somam R$ 353,847 milh�es executados. Se forem levadas em conta n�o as a��es individuais, mas os programas (que englobam v�rias a��es e obras), os encargos da Uni�o, impulsionados pelo Minha Casa, Minha Vida, lideram com R$ 1,920 bilh�o. Em segundo lugar, est�o as obras do Vetor Log�stico Leste, que abrangem projetos de melhoria do escoamento da produ��o no Distrito Federal, em Goi�s, Minas Gerais, no Esp�rito Santo e Rio de Janeiro, com R$ 837,896 milh�es. Em seguida vem o Vetor Log�stico Nordeste, que teve R$ 646,104 milh�es gastos. O estado mais beneficiado pelos investimentos do PAC neste ano � Minas Gerais, com R$ 597,602 milh�es. Em seguida, vem o Rio Grande do Sul (R$ 358,326 milh�es), a Bahia (R$ 295,102 milh�es), o Rio de Janeiro (R$ 284,319 milh�es) e o Par� (R$ 212,343 milh�es). Essa compara��o, no entanto, � prejudicada porque diversas a��es do PAC s�o de porte nacional ou beneficiam mais de um estado, como ferrovias e pontes.