Uma comiss�o governamental recomendou nesta segunda-feira uma ampla reforma que obrigar� aos grandes bancos brit�nicos a separar claramente suas atividades de varejo e atacadistas para evitar novos resgates como os ocorridos depois da crise financeira de 2008.
Essa reforma, que garantiria que o dinheiro dos particulares ficasse numa entidade protegida, implicaria a reestrutura��o mais importante do setor banc�rio em v�rias d�cadas, segundo os especialistas.
O projeto n�o prop�e, no entanto, uma divis�o dos chamados "bancos "universais", considerados "muito grande para falir" ("too big to fail") e, portanto, protegidos de fato pelo Estado quando se encontram � beira da concordata.
Dirigida por uma economista de renome, John Vickers, a "comiss�o banc�ria independente" publicou nesta segunda-feira um relat�rio provis�rio muito esperado pela City. A vers�o definitiva ser� divulgada em setembro pr�ximo.
Os quatro principais bancos brit�nicos - HSBC, Barclays, Lloyds Banking Group e Royal Bank of Scotland - defendem energicamente o modelo de banco universal, e v�rios deles amea�aram transferir sua sede social para o exterior se a reforma for muito radical.
O informe provis�rio sugere instaurar "uma divis�o entre as atividades varejistas e de investimento para proteger os ativos dos particulares no caso de uma nova crise. "� uma combina��o moderada das diferentes op��es poss�veis", afirmou Sir John Vickers falando � BBC ao apresentar as primeiras conclus�es de sua comiss�o.
"O objetivo � que os contribuintes n�o possam ter tomados de ref�ns e limitar os riscos de ter de recorrer a esse dinheiro em caso de nova crise", explicou. Vickers reconheceu que a reforma obrigar� aos bancos constituir capitais adicionais para assegurar mais autonomia a cada uma de seus setores de atividades.
O Estado brit�nico teve de desembolsar bilh�es de libras do contribuinte durante a crise financeira para impedir o naufr�gio de grandes bancos como o Royal Bank of Scotland e o Lloyds Banking Group.