Os temores nos mercados globais, que antes eram de um duplo mergulho na recess�o, agora se voltaram para os pre�os das commodities, afirma o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) no relat�rio "Perspectiva Econ�mica Mundial" de abril, que come�ou a ser divulgado hoje. O relat�rio � divulgado dias antes do in�cio dos Encontros Anuais de Primavera do FMI e Banco Mundial, que v�o de 15 a 17 de abril.
O �ndice geral de pre�os de commodities do FMI subiu 32% de meados de 2010 a fevereiro deste ano, recuperando cerca de tr�s quartos da queda de 55% observada ap�s o pico de 2008 antes do estouro da crise mundial. Segundo o FMI, no entanto, de um modo geral as perspectivas econ�micas para 2011 e
De acordo com o FMI, a alta de alimentos e outras commodities representam uma amea�a �s fam�lias pobres, aumentando as tens�es econ�micas e sociais especialmente no Oriente M�dio e Norte da �frica. Por enquanto, o FMI avalia que o impacto da alta do petr�leo e tamb�m da trag�dia no Jap�o devem ser limitados. No caso das commodities, o FMI acredita que existe capacidade ociosa no setor de energia capaz de suprir as perdas de produ��o na L�bia e condi��es clim�ticas mais normais devem melhorar a produ��o agr�cola.
Mas o Fundo observa que a incerteza segue elevada e especialmente os pre�os do petr�leo s�o um risco ao crescimento global, ainda que por enquanto limitado. O FMI desenvolveu um cen�rio mais pessimista onde uma interrup��o maior do que a esperada na oferta de petr�leo colocaria os pre�os ao redor de US$ 150 o barril em 2011. Nesse caso, nas economias avan�adas isso poderia levar o Produto Interno Bruto (PIB) a um crescimento 0,75% mais baixo do que as proje��es do FMI para 2012. Nas economias emergentes, esse impacto seria de 0,75% na �sia e �frica sub-Sahara e de 1,5% na Am�rica Latina.
PIB do Brasil
A economia brasileira deve crescer 4,5% em 2011 e 4,1% em 2012 na compara��o anual, estima o FMI. A proje��o � a mesma feita em janeiro deste ano pelo Fundo. O relat�rio � divulgado dias antes do in�cio dos Encontros Anuais de Primavera do FMI e Banco Mundial, que v�o de 15 a 17 de abril.
Segundo o relat�rio, a retomada global est� se movendo em duas velocidades, com maior capacidade ociosa nas economias avan�adas e hiato do produto fechado ou em fechamento nas economias emergentes ou em desenvolvimento. Para as economias avan�adas, a proje��o � de expans�o ao redor de 2,5% este ano e em 2012 e nas emergentes, de 6,5%.
A proje��o de crescimento para a China foi mantida em 9,6% em 2011 e 9,5% em 2012. J� a proje��o para os EUA caiu 3% para 2,8% em 2011 e subiu de 2,7% para 2,9% em 2012. Na zona do euro, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,5% para 1,6% em 2011 e tamb�m foi alterada com alta, de 1,7% para 1,8%, em 2012.
"A recupera��o est� ganhando for�a, mas o desemprego continua alto nas economias avan�adas e novos riscos macroecon�micos est�o se formando nas economias dos mercados emergentes", diz o Fundo. "De um modo geral, a agenda de pol�tica macro para a economia mundial continua a mesma, mas com o passar do tempo, mais urgente".
De acordo com o FMI, as economias avan�adas precisam atingir maior consolida��o fiscal e, para isso, devem contar mais com a demanda externa. J� os emergentes, devem contar menos com a demanda externa e mais com a dom�stica.
O relat�rio diz ainda que nas economias avan�adas o fortalecimento do processo de retomada ir� demandar a manuten��o de uma pol�tica monet�ria acomodat�cia enquanto as press�es salariais forem brandas, as expectativas de infla��o estiverem bem ancoradas e o cr�dito banc�rio estiver lento. "Ao mesmo tempo, as posi��es fiscais precisam ser implementadas num caminho de m�dio prazo por meio de planos de consolida��o fiscal e reformas, com apoio de regras fiscais e institui��es", diz o texto.
Segundo o Fundo, essa necessidade � especialmente urgente nos Estados Unidos. "As pol�ticas dos EUA em 2011 mudaram de volta de consolida��o para expans�o. Esfor�os devem ser feitos para reduzir o d�ficit projetado para o ano fiscal de 2011".