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Estado de Minas

Trem-bala pode custar at� 45% mais que o previsto, segundo estudos


postado em 12/04/2011 17:27

O custo total do trem de alta velocidade poder� chegar a R$ 50 bilh�es, se forem levados em conta imprevistos que podem acontecer durante a obra, como mudan�as no tra�ado por causa de exig�ncias ambientais ou aumento de gastos com perfura��o de t�neis, por exemplo. Segundo o consultor legislativo do Senado Marcos Jos� Mendes, estudos apontam que o custo desse tipo de obra pode ser, em m�dia, 45% maior que o planejado antes de o empreendimento come�ar.

O projeto do trem-bala, que dever� ligar as cidades de Campinas, S�o Paulo e Rio de Janeiro, foi debatido nesta ter�a-feira durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Infraestrutura do Senado. A obra est� or�ada em R$ 33 bilh�es, dos quais R$ 20 bilh�es ser�o financiados por meio de uma linha de cr�dito especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e R$ 3 bilh�es vir�o do governo para desapropria��es e compensa��es ambientais. Mais R$ 10 bilh�es ser�o aportados pelos pr�prios investidores.

Mendes, que produziu artigos t�cnicos sobre o assunto para o Centro de Estudos da Consultoria do Senado, garante que os gastos governamentais com a obra devem ficar entre R$ 15 bilh�es e R$ 35 bilh�es. Segundo ele, com R$ 20 bilh�es, � poss�vel construir uma usina hidrel�trica como Belo Monte, 8,3 mil quil�metros (km) de ferrovias de cargas, ligar 12 milh�es de moradias � rede de esgoto ou dobrar a extens�o do metr� de uma cidade como S�o Paulo. “Vale a pena gastar todo esse dinheiro publico construindo o trem-bala?”, perguntou. Ele disse tamb�m que o projeto conflita com a pol�tica econ�mica e social do governo federal.

Para o consultor de transportes Joseph Barat, o governo deve investir mais em transporte ferrovi�rio de cargas, em vez de priorizar o de passageiros. “Os congestionamentos na Via Dutra (que liga as cidades de S�o Paulo e Rio de Janeiro) n�o s�o causados por �nibus ou carros, mas por caminh�es, que podem ser substitu�dos por trens de cargas”. Ele sugeriu que seja implantado gradualmente no pa�s um sistema de transporte misto de cargas e de passageiros.


O diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, defendeu o projeto do trem-bala. Ele lembrou que essa tecnologia � a mais adequada para atender � demanda de passageiros no eixo Rio-S�o Paulo, porque � um servi�o seguro, confi�vel, previs�vel e de baixo custo. “O Brasil tem que ousar, n�o podemos ficar a reboque da tecnologia. O trem-bala dever� transportar 32 milh�es de passageiros no primeiro ano e chegar� a 100 milh�es depois de 40 anos.

O superintendente da �rea de Projetos do BNDES, Henrique Amarante da Costa Pinto, tamb�m apresentou argumentos a favor da constru��o do trem de alta velocidade. Segundo ele, o potencial de passageiros entre Rio de Janeiro e S�o Paulo � superior ao de outros locais que j� adotaram o trem-bala. Pinto tamb�m lembrou que os aeroportos e as rodovias da regi�o j� est�o saturados e que a constru��o de trens de m�dia velocidade n�o atenderia �s necessidades da popula��o, que est� cada vez mais migrando do transporte rodovi�rio para o a�reo.

Na �ltima semana, a ANTT adiou pela segunda vez o leil�o que vai definir os respons�veis pela constru��o do trem-bala. A licita��o, prevista inicialmente para dezembro, j� tinha sido adiada para abril, mas s� vai ocorrer no dia 29 de julho.

O plen�rio do Senado deve votar hoje ou amanh� (13) a Medida Provis�ria 511/10, que autoriza o empr�stimo de at� R$ 20 bilh�es do BNDES ao cons�rcio que vai construir o trem-bala. O projeto tamb�m prev� a cria��o da Empresa de Transporte Ferrovi�rio de Alta Velocidade S/A, vinculada ao Minist�rio dos Transportes. A MP tranca a pauta de vota��o da Casa e precisa ser votada at� sexta-feira (15), j� que seu prazo de validade acaba no domingo (17).


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