Os Brics, grupo formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul, ainda enfrentam problemas de superaquecimento econ�mico, como press�es inflacion�rias e bolhas de ativos, parcialmente em raz�o das pol�ticas de est�mulo das economias desenvolvidas, disse hoje o ministro de Com�rcio da China, Chen Deming, em um comunicado conjunto divulgado pelos pa�ses.
Os ministros do Com�rcio dos Brics, que est�o reunidos na ilha chinesa de Hainan antes da c�pula dos l�deres do grupo neta quarta-feira, tamb�m reiteraram seu apoio coletivo � proposta da R�ssia de se juntar � Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) neste ano, afirmou o comunicado. A c�pula dos Brics, que incluir� discuss�es sobre os desafios econ�micos e financeiros globais, dever� produzir uma ret�rica positiva sobre a coopera��o entre as cinco economias emergentes e, possivelmente, algum tipo de apelo por uma reforma do sistema financeiro internacional.
Os ministros tamb�m prometeram se opor a todas as formas de protecionismo comercial e a expandir o com�rcio e o investimento m�tuos, declarou Chen no comunicado. De 2001 a 2010, o com�rcio entre as cinco na��es cresceu a uma taxa anual de 28%, para US$ 230 bilh�es, de acordo com o documento.
Em um comunicado conjunto separado, os ministros de Com�rcio do Brasil, da China, da �ndia e da �frica do Sul expressaram preocupa��es semelhantes sobre os prospectos das negocia��es comerciais da Rodada de Doha. "O delicado equil�brio dos conflitos alcan�ado durante dez anos de negocia��es contidas nos textos de dezembro de 2008 corre o risco de ser perturbado. Os ministros reafirmaram que as medidas de acesso ao mercado delineadas nesses textos representam uma contribui��o sem precedentes dos pa�ses em desenvolvimento na hist�ria do sistema de com�rcio multilateral. Os pa�ses em desenvolvimento t�m permanecido construtivamente engajados e os ministros est�o dispostos a concluir a Rodada com base nessas modalidades delineadas", disse o comunicado.
O evento, que coincide com as reuni�es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) em Washington nesta semana, est� programado para discutir quest�es globais financeiras e econ�micas, como flutua��es de pre�os de commodities - um tema sobre o qual a China espera que os pa�ses possam chegar a uma posi��o comum antes da reuni�o do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Cannes, na Fran�a, em novembro. Uma posi��o comum sobre tais quest�es econ�micas poderia impulsionar o peso conjunto dos Brics nas conversa��es do G-20. As informa��es s�o da Dow Jones.