(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Am�rica Latina deve se adaptar a ter moeda mais valorizada, diz Bird


postado em 13/04/2011 19:27

Os pa�ses da Am�rica Latina, entre eles o Brasil, precisam aprender a conviver com uma moeda local mais apreciada, disse nesta quarta-feira o economista-chefe do Banco Mundial (Bird) para a regi�o, Augusto de la Torre, em Washington.

Ao apresentar o relat�rio O �xito da Am�rica Latina se Submete � Prova, o economista disse que esse seria um dos fatores para que os pa�ses da regi�o possam lidar com as "tens�es na formula��o de pol�ticas econ�micas" que come�am a surgir ap�s o per�odo de recupera��o da crise mundial.

Muitos pa�ses da regi�o, inclusive o Brasil, v�m enfrentando grande aprecia��o em suas moedas. No Brasil, a valoriza��o do real frente ao d�lar � uma preocupa��o do governo porque acaba tornando as exporta��es brasileiras menos competitivas no mercado internacional.

De la Torre diz que concentrar os esfor�os no aumento de produtividade seria uma das maneiras de aprender a conviver com essa nova realidade e manter o crescimento da economia.

Esse cen�rio de c�mbio mais valorizado, por�m, precisa refletir o que o Banco Mundial chama de "fatores fundamentais": melhores perspectivas de crescimento, com�rcio favor�vel e altos n�veis de fluxo de capital n�o-especulativo.

Desafios

De acordo com o Banco Mundial, o bom desempenho dos pa�ses latino-americanos ap�s a crise mundial, com recupera��o mais forte que em crises anteriores e tamb�m mais forte que a registrada entre as economias avan�adas, entra agora em uma fase de "amadurecimento", que traz consigo desafios para as autoridades.

Al�m dos riscos externos, associados a fatores como o ritmo ainda lento de recupera��o das economias avan�adas e ao aumento dos pre�os das mat�rias-primas, h� tamb�m riscos internos.

Por um lado, � necess�rio controlar a infla��o, em meio a um aquecimento econ�mico e aos crescentes pre�os internacionais dos alimentos e dos combust�veis. Ao mesmo tempo, esses governos tentam evitar uma aprecia��o "excessiva" de suas moedas, em um contexto de pre�os elevados e potencialmente vol�teis das mat�rias-primas (produtos exportados por muitos desses pa�ses) e de aumento dos fluxos de capital.

Ambos os desafios s�o vivenciados pelo Brasil, onde o governo j� vem desde o ano passado adotando medidas para tentar conter o fluxo excessivo de capital estrangeiro (atra�do principalmente pelas altas taxas de juros do pa�s) e em um momento em que as proje��es de infla��o rondam os 6,5%, teto da meta estipulada pelo governo (cujo centro � de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo).


Crescimento e infla��o

"O ritmo de crescimento n�o-inflacion�rio que a regi�o pode suportar est� chegando ao limite", diz De la Torre, ao observar que muitos pa�ses latino-americanos come�am a enfrentar limites em suas capacidades produtivas, o que gera press�es inflacion�rias.

As press�es inflacion�rias s�o refor�adas pelos aumentos dos pre�os dos alimentos e dos combust�veis. Em uma tentativa de "esfriar" a economia e manter a infla��o sob controle, os bancos centrais elevam as taxas b�sicas de juros, o que acaba atraindo grandes fluxos de capital de curto prazo e provocando a aprecia��o das moedas locais.

"� por tudo isso que o espa�o de manobra da pol�tica macrofinanceira se restringiu significativamente", diz o relat�rio.

Segundo o documento, na tentativa de encontrar solu��es "h�bridas" para esses desafios, os pa�ses acabam colocando uma carga maior sobre a pol�tica monet�ria (ajuste da taxa de juros), enquanto a pol�tica fiscal (controle de gastos p�blicos) fica em segundo plano.

Esfor�o fiscal

O Banco Mundial diz que os pa�ses precisam adotar um esfor�o fiscal que possa gerar maior superavit prim�rio (dinheiro separado para o pagamento de juros e da amortiza��o da d�vida p�blica), mas sem colocar em risco as pol�ticas sociais.

No Brasil, segundo De la Torre, os mercados internacionais reconhecem que foram adotadas "importantes medidas fiscais" para conter o ritmo de crescimento dos gastos. "Mas isso n�o quer dizer que n�o se possa nem que n�o se deva fazer mais", diz o economista.

"Eu acredito que h� espa�o no Brasil para que o ritmo de crescimento dos gastos siga diminuindo", diz De la Torre, ao observar que um ritmo de crescimento de gastos menor ajudaria a tirar o peso sobre a taxa de juros, "que faz com que a moeda esteja sobre grande press�o de aprecia��o.

De modo geral, diz o relat�rio, se quiserem manter as conquistas sociais obtidas at� agora e atingir uma tend�ncia de crescimento mais "robusta", os governos da Am�rica Latina e do Caribe precisam tamb�m investir em infraestrutura, inova��o e capital humano.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)