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Estado de Minas

Relat�rio admite que o Brasil vai ultrapassar a lideran�a dos EUA em 2020


postado em 14/04/2011 08:15

Colheita de arroz em Dom Pedrito (RS): documento atribui o sucesso da produção ao aumento da área plantada(foto: Nabor Goulart/Palácio do Piratini - 27/2/05)
Colheita de arroz em Dom Pedrito (RS): documento atribui o sucesso da produ��o ao aumento da �rea plantada (foto: Nabor Goulart/Pal�cio do Piratini - 27/2/05)
O governo dos Estados Unidos prev� que o Brasil vai tirar a lideran�a norte-americana nas exporta��es de alimentos em 2020. Os embarques brasileiros cresceriam 47% at� o fim da d�cada e assumiriam o primeiro lugar no ranking de vendas externas de produtos agr�colas, com a participa��o subindo dos atuais 32% do total para 38%. Na m�o inversa, o percentual dos EUA cairia de 42% para 37%.

Al�m disso, relat�rio fornecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em ingl�s) ao Correio refor�a as estimativas de organismos internacionais que percebem a consolida��o do Brasil como maior exportador de alimentos, com avan�o da produ��o em ritmo compat�vel com o do consumo global.

O USDA atribui o sucesso agr�cola brasileiro � incorpora��o de �reas e � convers�o de pastagens de gado em planta��es. Hoje, o Brasil lidera as exporta��es de a��car (48% do total global), carne bovina (18%), caf� (30%) e suco de laranja (39%). E vem em segundo lugar, atr�s s� dos EUA, nas vendas de soja (32%), �lcool (40%) e carne de frango (27%).

Constanza Valdes, economista do USDA especializada em Am�rica Latina, lembra que as vendas externas de produtos agr�colas brasileiros cresceram 15% em valores desde 2005, tirando mercado dos EUA. “No caso da soja e de seus derivados, a pr�xima d�cada consolidaria Brasil, EUA e Argentina como donos de 90% das exporta��es”, ressalta.

Apesar disso, o USDA aponta persist�ncia, at� o fim da d�cada, de dificuldades localizadas no abastecimento dom�stico de dois produtos essenciais � mesa do brasileiro — arroz e trigo. A estimativa � que, em 10 anos, as importa��es de trigo saltem para 6 milh�es de toneladas anuais e as de arroz se mantenham em n�vel elevado, de 610 mil toneladas.

Relat�rio de fevereiro do �rg�o avalia que as taxas recordes de crescimento da lavoura brasileira n�o acompanhar�o toda a expans�o da procura interna, sobretudo nos itens onde o pa�s � menos competitivo. Com isso, Argentina, EUA e Canad� continuariam suprindo quase dois ter�os do consumo nacional de trigo.

No caso do arroz, importa��es da Argentina e Uruguai viriam a reboque da expectativa dos norte-americanos de um aumento do consumo per capita no Brasil at� 2020, para 43 quilos. Apesar disso, al�m da ressalva feita pelo governo, de que o pa�s � tradicionalmente autossuficiente em arroz, novos h�bitos alimentares do brasileiro tamb�m colocam d�vidas nas proje��es do USDA.

Pesquisa divulgada em dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) revela que a compra m�dia anual per capita de arroz despencou 40,5% de 2003 a 2009. Nesse per�odo, o consumo m�dio individual recuou de 24,5 para 14,6 quilos. Proje��es do Minist�rio da Agricultura e Pecu�ria confirmam a necessidade de importa��o no fim da d�cada, mas s� de 400 mil toneladas anuais.

Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estrat�gico do minist�rio, Jos� Garcia Gasques, o pa�s dever� colher 13,7 milh�es de toneladas em 2020, ante consumo de 14 milh�es de toneladas. “� mais do que j� temos importado. Mas o arroz permite controle sobre produ��o, porque � irrigado”, disse. Nesta safra, a maior desde 2005, a produ��o do gr�o dever� atingir 13,5 milh�es de toneladas e o consumo, 12,6 milh�es.

Seguran�a alimentar

Com discurso engajado, a ag�ncia das Na��es Unidas para Agricultura e Alimenta��o (FAO) prefere analisar os n�meros das safras no mundo pela �tica da seguran�a alimentar. O �rg�o se mostra preocupado com os altos pre�os internacionais dos alimentos e cobra conviv�ncia entre a agricultura de escala com pequenos produtores e a ecologia. A inclus�o de minorit�rios na produ��o e o acesso maior a alimentos fazem parte de estudo divulgado ontem no Rio de Janeiro pelo International Planning Committe on Food Sovereignty (IPC), rede global da FAO que re�ne representantes da agricultura familiar, �ndios, trabalhadores sem-terra e trabalhadores rurais.

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