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Estado de Minas

HSBC alerta para riscos do aumento da infla��o no Brasil e na Am�rica Latina


postado em 23/04/2011 07:02

Bras�lia – O fantasma da infla��o na Am�rica Latina tem preocupado os economistas e os sinais de alerta j� se proliferam. Depois de o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) chamar a aten��o para o aumento dos pre�os na regi�o na semana passada, agora foi a vez de o Banco HSBC, o segundo maior do mundo conforme o ranking da Forbes, fazer pondera��es sobre o problema nos pa�ses latino-americanos, com destaque para o Brasil. O relat�rio da institui��o brit�nica destacou que o pa�s, e o Uruguai, s�o as duas na��es onde os riscos inflacion�rios est�o evidentes. “As perspectivas de deteriora��o da economia s�o grandes se n�o houver um controle maior para as metas de infla��o”, alertou o estudo da institui��o.

O pior cen�rio do HSBC para a disparada dos pre�os no subcontinente recai sobre Venezuela e Argentina, pa�ses com maiores proje��es de infla��o para este ano: 30,4% e 24,8%, respectivamente. Mas, quando considerado o tamanho das economias latinas, por seu porte, � o Brasil que mais preocupa. O �ndice de pre�o ao consumidor (IPC) projetado pelo banco ingl�s para o pa�s j� chega aos 6% em 2011, pr�ximo ao teto de 6,5% admitido pelo governo para o ano. Comparadas � �ltima medi��o feita na quarta-feira, que apurou, em abril, uma infla��o anualizada de 6,44% na pr�via mensal do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), as estimativas de fora parecem modestas, mas podem arranhar a imagem brasileira no exterior.

No caso do Uruguai, as proje��es do HSBC apontam que a infla��o dever� alcan�ar os 9,4% este ano, ficando bem acima dos 5% da meta do pa�s. O cen�rio est� mais tranquilo na Col�mbia e no Peru, apesar de os �ndices estarem praticamente na meta. J� no Chile e no M�xico, h� um ambiente mais favor�vel. No Chile, em particular, o governo tem apresentado medidas mais firmes para manter a infla��o dentro da meta. O IPC chileno, 2,7%, est� pr�ximo abaixo dos 3% da meta de infla��o. J� o mexicano, de 3,6%, est� acima da meta de 3%. De uma forma generalizada, o problema na Am�rica Latina ainda � reflexo da forte alta das commodities (produtos com cota��o nacional), especialmente dos alimentos.

Contradi��o O maior dilema desses pa�ses � crescer pouco neste momento para tentar domar as press�es inflacion�rias. No entanto, isso chega a ser contradit�rio com o discurso dos governos nos �ltimos anos, que tomaram medidas expansionistas para elevar o consumo interno como uma forma de minimizar os efeitos da crise financeira internacional. “Para pa�ses como o Brasil e o Uruguai, que est�o em uma situa��o de forte aquecimento do mercado de trabalho, definitivamente, dever�amos ter alguns trimestres de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB — soma de tudo o que � produzido no pa�s) potencial”, afirmou ao Estado de Minas o economista Andr� Loes, um dos organizadores do estudo do HSBC. Segundo ele, no caso do Brasil, isso significaria crescer entre 3,5% e 4% por mais ou menos um ano. “Isso permitiria reduzir um pouco o aumento muito forte dos sal�rios que, nos n�veis atuais, � claramente inflacion�rio”, completou.

Na avalia��o de Loes, n�o � contradit�rio agora a necessidade de se puxar o freio de m�o no crescimento econ�mico depois de dois anos de busca pela expans�o a todo custo para sair da crise financeira de 2008 e 2009. “Em 2009 foram aplicados est�mulos para evitar que tiv�ssemos uma recess�o muito forte. A recupera��o foi r�pida, at� mais do que se esperava. Com isso, o governo talvez tenha deixado os est�mulos um pouco mais de tempo do que deveria”, avaliou. “Mas � dif�cil calibrar mesmo. Se agora o Brasil est� crescendo acima do que pode, � preciso dar uma freada. Como regra geral, o pa�s deve crescer perto do crescimento do PIB potencial, nem muito acima nem muito abaixo. E no m�dio prazo, deve-se privilegiar o investimento e a educa��o, pois assim esse crescimento do PIB potencial vai ficando mais alto”, disse.

Ap�s a recess�o global de 2009, as economias emergentes conseguiram se recuperar mais rapidamente do que as desenvolvidas. “Os latino-americanos se recuperaram mais rapidamente, mas agora atravessam o dilema de conter o crescimento e reduzir os gastos p�blicos”, comenta o economista Frederico Turolla, da consultoria Pezco. “Na hora de sair da crise, todo mundo quer gastar, mas agora o momento � para conter os gastos do governo e dos consumidores”, completa.


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