Com a disparada do pre�o do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combust�vel desde o in�cio do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Faltou combust�vel em alguns postos do interior de S�o Paulo e a Petrobras e os usineiros chegaram a importar gasolina e etanol.
A situa��o � resultado da queda da produ��o de etanol, provocada pela entressafra da cana e pela alta do pre�o do a��car, mas reflete tamb�m um problema estrutural do Brasil. Com o aumento da frota de ve�culos e o crescimento da economia, e sem investimentos compat�veis na produ��o de gasolina, diesel e etanol, o Pa�s come�a a viver um "apag�o" de combust�veis.
A situa��o vai provocar um d�ficit de US$ 18 bilh�es na balan�a de derivados de petr�leo este ano, conforme proje��o da RC Consultores. Em 2010, as importa��es de derivados ultrapassaram as exporta��es em US$ 13 bilh�es, segundo o Minist�rio do Desenvolvimento. Em 2000, o rombo era de US$ 3,2 bilh�es.
Diferente do “apag�o” de energia el�trica, que interrompe a produ��o nas f�bricas e deixa as cidades �s escuras, a falta de combust�vel � sanada com importa��es, desde que a situa��o n�o seja muito grave. "A popula��o pode n�o perceber, mas vivemos um estrangulamento do setor de combust�veis, um apag�o", disse Adriano Pires, diretor executivo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).