
A presidente Dilma Rousseff est� "muito preocupada" e ficou bastante irritada ao constatar que nenhuma provid�ncia efetiva foi tomada em rela��o � constru��o do est�dio que dever� sediar, em S�o Paulo, a abertura da Copa do Mundo de 2014. Dilma ficou inconformada porque, diferentemente do que haviam lhe prometido o prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin, as obras n�o come�ariam mais em abril. Dilma tamb�m ficou bastante contrariada com a constata��o de que nada do que ela pediu que fosse providenciado e apressado em rela��o aos aeroportos foi executado.
Nessa segunda-feira, a presidente participou de duas reuni�es no Planalto para tratar destes temas. Em rela��o aos aeroportos, Dilma convocou uma nova reuni�o para sexta-feira. Mas, desde j�, anunciou que quer a antecipa��o de

Foi tensa e longa a reuni�o realizada na tarde e na noite dessa segunda-feira para fazer um balan�o da situa��o dos aeroportos. Dilma exigiu detalhamento da situa��o de cada aeroporto, mas acabou se concentrando mais na discuss�o de Bras�lia, Guarulhos e Campinas tentando saber como apressar a amplia��o deles. Ouviu que os atrasos se deviam desde a problemas com licenciamento ambiental, passando por falta de empresas que queiram participar de licita��es para as obras, j� que as grandes construtoras est�o interessadas nas obras decorrentes de privatiza��o dos aeroportos, al�m da total mudan�a de projeto de Bras�lia, que teve a sua primeira fase constru�da no ultrapassado modelo de sat�lite. No encontro de sexta-feira, ser�o detalhados os demais aeroportos.
Um dos estudos que chegou �s m�os da presidente Dilma aponta que mesmo com a realiza��o de obras previstas pela Infraero, aeroportos como os de Bras�lia, Confins (Belo Horizonte) e Curitiba estar�o saturados em 2014. J� os terminais de Fortaleza Salvador e Guarulhos, mesmo com a realiza��o de obras, estar�o no limite de sua capacidade de opera��o quando chegar o momento de realiza��o da Copa. Mas a presidente sabe que correr� o risco de chegar l� com eles tamb�m j� saturados se novas provid�ncias n�o forem tomadas, porque a demanda nos aeroportos t�m crescido. Apenas em mar�o o crescimento do transporte a�reo dom�stico foi da ordem de 25,48%, em compara��o com o mesmo m�s do ano passado.
Portanto, n�o s� por causa da Copa e da Olimp�ada, mas tamb�m para atender � crescente movimenta��o de passageiros no Pa�s, a presidente quer apressar as obras dos aeroportos. Tem lhe desagradado bastante assistir todos os dias na TV e ler nos jornais reportagens retratando o dia a dia ca�tico em v�rios aeroportos, com problemas de infraestrutura em diferentes �reas.
Est�dios
Na primeira reuni�o com a presidente Dilma, que tratou de aeroportos, estavam presentes representantes dos minist�rios ligados � �rea de infraestrutura, o novo ministro-chefe da secretaria de Avia��o Civil, Wagner Bittencourt, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, al�m de Luciano Coutinho, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), entre outros. Na segunda reuni�o, que tratou mais especificamente da quest�o dos est�dios, estavam presentes os ministros dos Esportes, Orlando Silva, do Turismo, Pedro Novais, e das Cidades, M�rio Negromonte. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, estava nas duas.
Dilma considerou satisfat�rias as informa��es recebidas em rela��o ao cronograma dos demais est�dios do Pa�s. Reclamou muito, no entanto, de S�o Paulo. O atraso da constru��o do est�dio na cidade que dever� sediar a abertura da Copa se deve ao fato de que o Corinthians, que conduz o projeto, pretendia construir um est�dio com uma capacidade inferior � exigida pela Fifa para abertura do mundial (65 mil lugares), sob a alega��o de que n�o teria os recursos necess�rios para uma obra maior. O Corinthians passou v�rias semanas negociando para conseguir a verba, o que atrasou o in�cio das obras.