A infla��o no varejo, dentro do IGP-M, foi impulsionada em abril pelos pre�os dos combust�veis e tamb�m pelos servi�os, apontou o coordenador do �ndice da FGV, Salom�o Quadros. Entre mar�o e abril, o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) passou de 0,62% para 0,78%. Cinco dos sete grupos que comp�em o indicador registraram taxas maiores entre um m�s e outro, mas a maior contribui��o foi dos Transportes, cuja alta passou de 1,15% em mar�o para 1,75% em abril e acrescentou 0,08 ponto porcentual ao IPC.
A alta da gasolina no varejo saltou de 0,89% em mar�o para 4,32% em abril, enquanto o �lcool hidratado foi de 6,73% para 13,45%. "Os pre�os dos combust�veis ao consumidor podem prosseguir em alta por pelo menos mais um m�s, pelo menos at� que os estoques atuais sejam consumidos", disse Quadros.
Na divis�o entre bens e servi�os dentro do IPC, o economista da FGV chamou aten��o para o desempenho desses �ltimos. A varia��o acumulada pelos servi�os no varejo em 12 meses passou de 5,98% em mar�o para 6,12% em abril. Nessa mesma base de compara��o, os servi�os administrados passaram de 4,90% para 5,05% e os outros servi�os foram de 6,93% para 7,07%. "No IPCA, esses outros servi�os j� est�o rodando acima de 8% nos �ltimos 12 meses. Se no ano passado falou-se muito em alimenta��o para explicar a infla��o, muito provavelmente neste ano a infla��o ser� de servi�os. Sobre eles, a demanda est� pressionando e a valoriza��o cambial tem efeito irris�rio", disse Quadros.
Ele acrescentou que esse vigor em servi�os resulta de fatores como o mercado de trabalho aquecido e �ndices de confian�a elevados, e para combat�-lo seria necess�ria uma desacelera��o da economia. "O diagn�stico de infla��o centrada em commodities j� foi mais fiel � realidade", comentou o economista. "Sa�mos de uma situa��o em que pouco se poderia fazer para uma (situa��o) em que se pode fazer alguma coisa. Mas o que � preciso fazer n�o � o que se quer fazer", disse Quadros.