O diretor de siderurgia da Vale, Aristides Corbelini, acenou hoje com a possibilidade de a companhia ampliar seus investimentos no setor no futuro. "Quando nosso s�cio ThyssenKrupp achar que vale um novo investimento (na Companhia Sider�rgica do Atl�ntico, CSA), a Vale estar� pronta para fazer" afirmou o executivo.
Al�m da CSA, a mineradora brasileira tem hoje mais tr�s projetos sider�rgicos em seu planejamento estrat�gico, que juntos v�o produzir 18 milh�es de toneladas de a�o. Mesmo aberto a futuras expans�es, Corbelini foi enf�tico ao lembrar que o grupo alem�o, que det�m 73% da CSA, est� atualmente focado em consolidar sua opera��o na usina, que iniciou produ��o em 2010.
O cen�rio tamb�m foi destacado pelo vice-presidente de finan�as da ThyssenKrupp no Brasil, Rodrigo Tostes, que participou do mesmo semin�rio, no Rio de Janeiro. Segundo ele, uma expans�o da CSA n�o est� no radar do grupo no momento, mas pode ser alvo de discuss�o no futuro. Tostes explicou que o terreno da CSA comportaria uma expans�o e que o porto ainda tem uma capacidade ociosa, que permitiria novas opera��es.
Em sua apresenta��o no semin�rio, o diretor explicou que os investimentos da companhia em siderurgia deixam a Vale em uma posi��o vantajosa frente �s suas principais concorrentes: as mineradoras australianas. Isto porque a expectativa � de que o consumo de produtos sider�rgicos no Brasil cres�a mais vigorosamente nos pr�ximos anos. J� a BHP Billiton e a Rio Tinto n�o t�m um mercado consumidor forte na Austr�lia.
Questionado sobre o interesse do governo em aumentar os investimentos sider�rgicos da Vale no Pa�s, Corbelini preferiu n�o comentar. Entre 2009 e 2010, o governo cobrou publicamente da Vale mais investimentos no setor. O estresse foi um dos principais motivos para a troca no comando da mineradora, com a sa�da j� anunciada de Roger Agnelli, que ser� substitu�do por Murilo Ferreira.
Mesmo contido sobre o tema, o diretor de siderurgia da Vale enfatizou que "quem decide as estrat�gias da empresa � o conselho de administra��o". Nas �ltimas semanas, v�rios representantes dos s�cios controladores da Vale frisaram que a estrat�gia de crescimento da empresa n�o ir� se alterar por conta da mudan�a na presid�ncia. O bloco de controle da Vale � formado pela Previ, Bradespar, Mitsui e Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).