A d�vida l�quida do setor p�blico somou R$ 1,507 trilh�o em mar�o, com aumento de R$ 15,905 bilh�es em rela��o ao estoque da d�vida em fevereiro. Esse acr�scimo decorre basicamente da valoriza��o do real em rela��o ao d�lar norte-americano no m�s passado, que foi de 2,3%, conforme revelou nesta sexta-feira o chefe do Departamento Econ�mico (Depec) do Banco Central (BC), T�lio Maciel.
Ao apresentar o Relat�rio de Pol�tica Fiscal relativo a mar�o, ele reafirmou que a valoriza��o cambial contribui para aumentar o percentual da d�vida na equival�ncia com o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no pa�s, estimadas pelo BC em R$ 3,774 bilh�es nos �ltimos 12 meses, em valores correntes.
O crescimento nominal da d�vida n�o alterou, por�m, a rela��o d�vida/PIB, que permaneceu em 39,9%, em raz�o da pr�pria valoriza��o do PIB. Mas, no trimestre, houve queda de 0,3 ponto percentual em rela��o aos 40,2% de dezembro. Maciel ressaltou que a tend�ncia � de redu��o gradativa, de modo que a equival�ncia caia para 37,8% no final do ano.
Segundo ele, a queda da rela��o d�vida/PIB no trimestre � efeito do crescimento corrente do pr�prio PIB e do super�vit prim�rio (economia para o pagamento de juros da d�vida), que somou R$ 39,262 bilh�es de janeiro a mar�o. O valor � mais do que o dobro dos R$ 18,744 bilh�es de super�vit registrados em igual per�odo do ano passado.
De acordo com Maciel, o super�vit contabilizado at� agora refor�a a confian�a da equipe econ�mica quanto ao cumprimento da meta de R$ 117,9 bilh�es no final do ano, equivalentes a 2,9% do PIB. Segundo ele, os R$ 39,262 bilh�es de super�vit acumulados em 2011 equivalem a 33,3% da meta – igual, portanto, � economia imaginada para quatro meses.
O Relat�rio de Pol�tica Fiscal mostra que a d�vida bruta do governo geral, incluindo estados e munic�pios, � bem mais alta e somou R$ 2,112 trilh�es em mar�o, equivalentes a 56% do PIB. A d�vida bruta cresceu R$ 29,469 bilh�es em rela��o � do m�s anterior, que chegou a R$ 2,083 trilh�es (55,8% do PIB), por causa do aumento da d�vida mobili�ria (t�tulos p�blicos) em mercado. Maciel acredita que a rela��o com o PIB cair� para 55,5% at� o final do ano.