Obras por todos os lados. Constru��o de est�dios, aeroportos para a Copa do Mundo, em 2014, e Olimp�adas, em 2016, como outras a��es para melhorar a infraestrutura do pa�s. Programas como Minha casa, minha vida e o crescimento da procura no mercado imobili�rio. Dizer que a �rea de constru��o civil no Brasil est� impulsionada � chover no molhado. Mas n�o se pode dizer exatamente que a �rea vai bem.
Para que tudo estivesse �s mil maravilhas, � necess�rio oferta de m�o de obra qualificada. Faltam profissionais em todas as fun��es, mas a situa��o � cr�tica em rela��o aos engenheiros e serventes, de acordo com Geraldo Jardim Linhares J�nior, vice-presidente da �rea de Materiais, tecnologia e meio ambiente do Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Para se ter uma ideia do gargalo, cerca de 30 mil estudantes se formam anualmente em engenharia, mas o pa�s precisa do dobro.
O problema � ratificado pela Sondagem Especial, divulgada pela Confedera��o Nacional das Ind�strias (CNI), divulgada na �ltima quinta-feira. A pesquisa indicou que a falta de m�o de obra qualificada atinge 89% das empresas da constru��o civil. Conforme o estudo, entre os empres�rios que enfrentam dificuldades com as contrata��es, 94% n�o encontram trabalhadores de n�vel b�sico, como pedreiros e serventes.
O mercado est� buscando alternativas para a capacita��o da m�o de obra e muitos profissionais est�o voltando para os bancos escolares para se qualificar. Foi o que ocorreu com Jos� Ant�nio da Cruz, de 62 anos, Geraldo Pereira da Silva, de 45, e Jesualdo Ferraz, de 64, que fizeram o curso de capacita��o promovido pelo caminh�o-escola da ArcelorMittal, e de Am�rico Fonseca �lves, de 51, aluno do curso tecn�logo em constru��o de edif�cios, promovido pelo Centro Universit�rio UniBH em parceria com o Sinduscon.
O objetivo � capacitar profissionais em gerenciamento, planejamento e execu��o de obras de edif�cios. O tecn�logo em constru��o de edif�cios est� apto a orientar, fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento de todas as etapas da constru��o de edif�cios, incluindo o planejamento e acompanhamento de cronogramas f�sico-financeiros at� o gerenciamento de res�duos das obras. O objetivo � garantir, em todas essas etapas, a seguran�a, otimiza��o de recursos e respeito ao meio ambiente. O profissional poder� atuar tamb�m na restaura��o e manuten��o de edifica��es, comercializa��o e log�stica de materiais de constru��o.
A carga hor�ria � de 2,4 mil horas, distribu�das em seis m�dulos semestrais. As disciplinas possibilitam ao estudante o conhecimento e habilidades relativos � instrumenta��o, ferramentas e gest�o da constru��o civil, aos sistemas construtivos e instala��es prediais, atentando para a sustentabilidade. A remunera��o inicial desse profissional � de cerca de R$ 3 mil. “H� demanda para esse profissional, mas ele n�o existe no mercado. Isso significa que quem se formar sair� de l� empregado”, garante.