O sinal amarelo da inadimpl�ncia come�ou a piscar para os consumidores de menor renda que parcelaram a compra de motocicletas, especialmente no Nordeste do pa�s. � exatamente esse estrato da popula��o, com renda mensal entre dois e tr�s sal�rios m�nimos (de R$ 1.090 a R$ 1.635), o mais afetado pela disparada da infla��o dos alimentos dos �ltimos meses.
Entre janeiro e mar�o deste ano, o atraso no pagamento da presta��o aumentou um ponto porcentual acima do comportamento normal da inadimpl�ncia para o per�odo, revela uma pesquisa feita pelo Instituto de Gest�o de Excel�ncia Operacional em Cobran�a (Geoc). Os n�meros se referem �s presta��es de motos
O superintendente do Instituto Geoc e respons�vel pela pesquisa, Jo�o Paulo de Mattos, observa que comportamento semelhante da inadimpl�ncia de motos foi registrado no mesmo per�odo na regi�o Norte e em S�o Paulo. J� no Centro-Oeste, o acr�scimo da inadimpl�ncia foi um pouco menor, cerca de meio ponto porcentual acima da sazonalidade do per�odo. Na regi�o Sul, ficou est�vel. “A inadimpl�ncia est� crescendo, mas n�o � nada alarmante”, pondera.
O aumento da inadimpl�ncia de motos � destacado pelo dono da empresa de cobran�a Central de Servi�os dos Empres�rios do Cear� (Cesec), Ir� Le�o Duarte, que tem forte atua��o no Nordeste na renegocia��o de financiamentos em atraso de motos de grandes bancos e financeiras. Segundo o executivo, a taxa de calote foi maior nos atrasos entre 11 dias e 360 dias. Em janeiro, a inadimpl�ncia para essa faixa de atraso estava em 15,42% e, em mar�o, ela subiu para 18,38%.