O governo come�ou a discutir a cria��o de um programa que oriente o microcr�dito para a produ��o. O objetivo � dar incentivos aos bancos para que destinem � produ��o de bens e servi�os de microempreendedores os 2% de dep�sitos � vista que os bancos s�o obrigados a destinar para o microcr�dito de pessoas f�sicas.
Segundo o secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda, o economista M�rcio Holland de Brito, hoje, existe uma resolu��o que obriga que 2% ou aproximadamente R$ 3 bilh�es dos dep�sitos � vista sejam usados para o microcr�dito, mas 95% dos recursos t�m sido usados para o consumo.
O secret�rio disse que os bancos n�o t�m interesse em atuar no setor de microcr�dito e preferem recolher os recursos ao Banco Central que fazer opera��es desse tipo. De acordo com Holland, poucos bancos operam no setor.
“Na verdade, queremos dar incentivos para os bancos migrarem sua carteira de microcr�dito ao consumo, para o microcr�dito voltado para o empreendedorismo individual ou solid�rio”, disse Holland, hoje (4), em encontro com jornalistas.
Na estrutura atual do microcr�dito, uma pessoa que tem uma conta simplificada no banco pode tomar o microcr�dito a juros de at� 2% ao m�s, o que termina sendo direcionado para o cr�dito.
“Os pr�prios bancos j� est�o demandando que o governo oriente melhor o direcionamento dos 2% das exigibilidades [recursos obrigados a serem destinados ao microcr�dito] ao MEI e 8% dos inscritos do Bolsa Fam�lia no MEI”.
Outra mudan�a em estudo � a redu��o nos prazos e, consequentemente, a redu��o nas taxas de juros. Segundo o secret�rio, ao concederem o microcr�dito, os bancos t�m feito opera��es de at� 60 meses, consideradas, por ele, fora da defini��o de microcr�dito produtivo orientado, que deve ser de pequeno intervalo de tempo.
“�s vezes, o vendedor de cachorro quente compra o carrinho, vai pra frente da escola, come�a a vender e passa a ter dinheiro para pagar. Ent�o, a car�ncia pode ser zero”, exemplificou.