Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) para a Am�rica Latina e Caribe aumentaram 40% no ano passado em compara��o ao ano de 2009, para US$ 112,634 bilh�es. O Brasil foi o maior receptor desses recursos, com US$ 48,462 bilh�es - um aumento de 87% em rela��o ao ano anterior, quando entraram US$ 25,949 bilh�es, o que marcou um recorde para o pa�s. Os n�meros fazem parte de relat�rio da Comiss�o Econ�mica para Am�rica Latina e Caribe (Cepal), divulgado hoje pela secret�ria-executiva Al�cia B�rcena.
Com um fluxo de US$ 17,726 bilh�es, o M�xico foi o segundo maior receptor de IED, seguido pelo Chile (US$ 15,095 bilh�es), Peru (US$ 7,328 bilh�es), Col�mbia (US$ 6,760 bilh�es) e Argentina (US$ 6,193 bilh�es). A Cepal informou que os fluxos de investimento estrangeiro cresceram em todos os pa�ses da Am�rica Central, exceto em El Salvador, onde houve queda de 79%, e no Caribe, com recuo de 18%.
Para este ano, a Cepal projeta um aumento entre 15% e 25% do IED para a Am�rica Latina e Caribe em compara��o a 2010, o que poderia marcar um novo recorde de fluxos, segundo Al�cia B�rcena.
O relat�rio mostra tamb�m que houve aumento de investimentos de empresas latinas e caribenhas no exterior, que totalizaram US$ 43,108 bilh�es em 2010. "A cifra � hist�rica", destaca a Cepal, revelando que o volume � quase quatro vezes maior do que em 2009 e mostra "o grande dinamismo das empresas transnacionais latinas e caribenhas, chamadas de translatinas".
O relat�rio observa que o aumento do fluxo de recursos para a Am�rica Latina e Caribe ocorre em um contexto de queda de 7% das correntes de IED para os pa�ses desenvolvidos e de aumento de 10% para os pa�ses em desenvolvimento. "A regi�o incrementou sua participa��o de 5% para 10% como receptora de IED, de 2007 a 2010", diz Al�cia. "Os n�meros que apresentamos hoje apontam a crescente inser��o da Am�rica Latina e Caribe no processo de globaliza��o econ�mica."
A secret�ria-executiva da Cepal alertou que a regi�o precisa adotar pol�ticas direcionadas para a inova��o, com o objetivo de absorver melhor os benef�cios destes fluxos de capital para que a regi�o possa crescer com igualdade. "Insistimos na necessidade de aplicar pol�ticas de desenvolvimento produtivo, focalizadas na inova��o e no fortalecimento das capacidades locais para fomentar a cria��o de empregos de qualidade", afirma Al�cia B�rcena.