(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Aplica��es financeiras perdem para infla��o


postado em 09/05/2011 06:13

Nem mesmo a alta da taxa b�sica de juros da economia, a Selic, desbancou a caderneta de poupan�a entre as melhores aplica��es financeiras neste ano. O investimento preferido do brasileiro est� rendendo entre 0,55% e 0,67% ao m�s, acima da rentabilidade l�quida de vedetes do mercado, como diversos fundos de renda fixa DI para valores de aplica��o mais baixos, em torno de R$ 100 a R$ 5 mil. A m� not�cia � que, a exemplo do ano passado, quase todas as aplica��es est�o perdendo para a infla��o nos primeiros quatro meses do ano.

O “surto inflacion�rio” que atingiu a economia brasileira, como denominou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, est� engolindo a rentabilidade de quase todos os investimentos de renda fixa. A caderneta de poupan�a, com anivers�rio no dia 1º, totalizou ganho de 2,3% entre janeiro e abril. Bem abaixo da infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), que acumula 3,23% de alta no ano. A estimativa para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), tamb�m do IBGE, deve ficar em 2,9% no primeiro quadrimestre.

A maior parte dos fundos de renda fixa dos bancos, mesmos os chamados DI (atrelado � Selic), rendeu entre 2% e 3,65% brutos de janeiro a abril, dependendo da institui��o e da caracter�stica do fundo. Como essas aplica��es pagam Imposto de Renda entre 22,5% (prazo de at� seis meses) e 15% (se ficar aplicado por mais de dois anos), o rendimento mingua para algo em torno de 1,6% a 2,9%. Em abril, o ganho l�quido ficou entre 0,58% e 0,60%, conforme pesquisa feita nos sites do Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil. Tal rendimento faz com que v�rios desses fundos estejam atr�s tamb�m da poupan�a.

Mais risco

S� os grandes fundos, aqueles que exigem dep�sitos maiores, de R$ 20 mil para cima, ainda est�o oferecendo ganho l�quido igual ou pouco maior que a infla��o. Mesmo assim, porque destinam parte dos recursos para o mercado de derivativos, de mais risco, como o de commodities.

Neste cen�rio de infla��o em alta e aumento da Selic, o diretor da corretora Easynvest, Amerson Magalh�es, aconselha concentrar os investimentos nos chamados fundos DI p�s-fixados, ou seja, atrelados � varia��o do Certificado de Dep�sito Interbanc�rio (CDI). “A Selic vai subindo, a rentabilidade tamb�m vai acompanhando”, afirma. � a sa�da para o poupador conseguir ganhar pelo menos igual a infla��o.

“No quadro atual, a mais prejudicada � a poupan�a, que tem rentabilidade fixa”, diz, referindo-se aos 6% de ganhos ao ano, ou 0,5% ao m�s, embora receba tamb�m a varia��o da Taxa Referencial de Juros (TR), que tem ficado entre 0,04% e 0,17% ao m�s, menos de 1% ao ano. Segundo ele, com o aumento das taxas de juros, os fundos de renda fixa prefixados tamb�m sofrem.

Magalh�es alerta, no entanto, que o investimento mais interessante hoje � o Tesouro Direto, que � a compra de t�tulos p�blicos on line pelo site da Secretaria do Tesouro Nacional, em especial daqueles atrelados � infla��o, IPCA ou �ndice Geral de Pre�os do Mercado (IGP-M). A economista Camila Beraldo, de 30 anos, manteve suas economias na poupan�a desde a queda da Selic, em meados de 2009, mas agora est� revendo a estrat�gia. “Investir diretamente nos t�tulos p�blicos, no Tesouro Direto, � mais garantido atualmente”, acredita.

P�s-fixadas

A superintendente de investimentos do Santander, Sinara Polycarpo, recomenda as aplica��es p�s-fixadas e as que acompanham a Selic. Ela considera o CDB-DI uma excelente op��o. “Garante um percentual da Selic e, dependendo do tempo que o dinheiro ficar aplicado, o cliente pode conseguir uma taxa melhor”, observa. Em geral, os fundos DI que pagam mais exigem valores iniciais a partir dos R$ 10 mil.

Os CDBs est�o entre as melhores aplica��es, assegurando rendimento interessante – um percentual do CDI, que vai de 80% a 95%, conforme o tempo que o dinheiro fica aplicado. Tradicionalmente renovados a cada 30 dias, contam com a op��o da liquidez di�ria, mas h� cobran�a de Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF), de forma decrescente.

Tesouro direto

Os fundos ofertados pelos bancos s�o compostos dos mesmos t�tulos vendidos diretamente �s pessoas f�sicas pelo Tesouro Nacional. “Em vez de deixar a administra��o do fundo para o banco, o investidor vai e compra diretamente. As taxas cobradas s�o inferiores �s de administra��o dos fundos, o que resulta em rentabilidade maior”, diz Amerson Magalh�es, da Easynvest. J� a liquidez � semanal. Basta uma boa programa��o, pois � poss�vel vender os t�tulos toda quarta-feira, porque o governo est� sempre l� disposto a recompr�-los. “A liquidez � semanal.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)