O governo da presidente Cristina Kirchner aplica uma saraivada de medidas protecionistas que restringem ou atrasam a entrada de produtos brasileiros no mercado argentino. Segundo a consultoria portenha Abeceb, do total de exporta��es realizadas pelo Brasil para a Argentina, 23,9% s�o alvo de barreiras - quase um quarto do total das vendas.
A propor��o indica um salto em rela��o ao ano passado, quando as medidas protecionistas atingiam 13,5% dos produtos Made in Brazil destinados � Argentina. Assustado com o crescente super�vit comercial brasileiro, o governo Kirchner
Nos �ltimos 12 meses, o governo argentino dificultou a entrada de eletrodom�sticos, chocolates e m�quinas agr�colas; aplicou valores crit�rio (pre�o m�nimo) para a importa��o de bid�s e vasos sanit�rios; e tomou medidas adicionais de seguran�a para brinquedos. J� constavam da lista de restri��es de anos anteriores autope�as, material de transporte, cal�ados e toalhas. De quebra, pairam amea�as sobre as vendas de carne su�na.
A situa��o preocupa o Brasil, que estuda uma retalia��o para breve. Segundo fontes do governo, “n�o adianta conversar com os argentinos”. O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, esteve em Buenos Aires em fevereiro e voltou com o compromisso de que os produtos brasileiros seriam exclu�dos das barreiras. Mas as promessas n�o foram cumpridas, o que irritou um dos auxiliares mais pr�ximos da presidente Dilma Rousseff.