O bom equil�brio atingido entre a oferta e a demanda de petr�leo sustentado pela adequa��o dos estoques e da capacidade ociosa de produ��o, mostram que a expressiva queda dos pre�os do petr�leo na semana passada foi "inevit�vel" e "alinhada aos fundamentos do mercado no curto prazo", disse hoje a Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep), em seu relat�rio mensal.
Embora o pre�o do petr�leo tipo Brent esteja acima de US$ 115 o barril em Londres, o cartel de exportadores voltou atr�s das indica��es feitas no m�s passado de que o elevado pre�o est� prejudicando a demanda global pela commodity. Um fortalecimento na demanda pelas economias emergentes � agora capaz de zerar qualquer redu��o de procura causada pelos pre�os elevados, disse a Opep.
A organiza��o elevou sua previs�o de crescimento na demanda em 2011 em 20 mil barris ao dia, para 1,41 milh�o de barris ao dia. O grupo disse que os efeitos negativos do terremoto que atingiu o Jap�o em mar�o e as incertezas sobre a solidez da recupera��o da economia dos EUA amea�am a demanda,
A Opep disse ainda que a demanda pelo petr�leo da Opep ir� subir em 2 milh�es de barris ao dia no terceiro trimestre em rela��o ao segundo, para 30,87 milh�es de barris ao dia. Os estoques do petr�leo comercial dos EUA tamb�m ca�ram pelo terceiro m�s, em 1 3 milh�o de barris ao dia em abril, em grande parte em fun��o de uma queda nos estoques dos produtos refinados do petr�leo. Os estoques seguem 1% acima da m�dia em cinco anos.
O relat�rio parece validar o inesperado corte na produ��o de mar�o do principal membro da Opep, a Ar�bia Saudita, e os coment�rios recentes de outros pa�ses membros, de que a alta da produ��o n�o ser� discutida na reuni�o de junho. O relat�rio tamb�m cont�m cr�ticas pontuais � Administra��o de Informa��o de Energia dos Estados Unidos sobre a acuidade dos n�meros sobre a demanda de petr�leo, citando revis�es em baixa feitas no m�s passado para a demanda. "Esse exagero na avalia��o sobre a demanda de petr�leo acrescenta press�o sobre os produtores, causando instabilidade no mercado", disse a Opep.
No entanto, o pr�prio relat�rio da Opep mostra inconsist�ncias. O grupo continua a mostrar n�meros da produ��o da Ar�bia Saudita obtidos por fontes secund�rias, que contradizem os dados oferecidos pelo ministro do Petr�leo da Ar�bia Saudita, Ali Al-Naimi. As estimativas da Opep para a produ��o saudita estavam em 8,92 milh�es de barris ao dia em fevereiro, abaixo dos n�meros informados pelo pa�s, de 9,13 milh�es de barris ao dia. Para mar�o, a Opep previu a produ��o saudita em 8,76 milh�es de barris ao dia, ante c�lculo de 8,29 milh�es de Naimi.