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Estado de Minas ENTREVISTA

Coca-cola de olho na nova classe m�dia


postado em 15/05/2011 07:22

Ricardo Hara/divulgação
Ricardo Hara/divulga��o
Atr�s da nova classe m�dia, a Coca-Cola Femsa, empresa do grupo mexicano Femsa, vai construir em Minas Gerais o que o diretor de opera��es da empresa, Ricardo Botelho, chama de unidade industrial top de linha no sistema mundial de produ��o de refrigerantes. O projeto � modelo para os planos de crescimento no Brasil, ancorados no ingresso das classes C/D e E no consumo. A volta da infla��o e as proje��es de crescimento econ�mico menor no pa�s est�o longe de afetar o interesse da Coca-Cola Femsa, maior franquia da marca no mundo. “Vamos continuar investindo plenamente no pa�s e cada vez mais a gente aposta nesse crescimento. Os n�meros s�o muito favor�veis (a empresa mant�m sigilo sobre eles), embora do ponto de vista da infla��o a companhia seja impactada tanto quanto as outras”, afirma o executivo. A palavra-chave da nova unidade mineira de refrigerantes, or�ada em R$ 250 milh�es, ser� efici�ncia no processo produtivo. A capacidade de produ��o passar� de 1,4 bilh�o de litros de refrigerantes por ano para 2,1 bilh�es de litros anuais de todos os tipos de produtos e nas atuais embalagens. As instala��es de BH ser�o transformadas em um grande centro de distribui��o. O local que vai abrigar a nova unidade industrial dever� ser anunciado dentro de um m�s.

A empresa vinha fazendo investimentos parciais em amplia��es at� decidir pela nova f�brica. Qual foi o cen�rio que levou ao novo investimento?

Observamos um grande crescimento da economia do estado e isso vem alavancando muito o nosso desempenho aqui (a empresa n�o revela os n�meros). Foram dois fatores decisivos: ganhamos mercado aqui, num cen�rio em que a atividade econ�mica mineira est� aquecida. Com isso, por mais investimentos que tenham sido feitos ao longo dos �ltimos anos, estamos trabalhando � plena carga e ainda assim parte do produto vem de outros estados. Dependendo da �poca do ano e do mix de produtos, essa parcela chega a ser consider�vel. Em outubro de 2010, colocamos em opera��o a s�tima linha de produ��o de BH – eram tr�s quando assumimos a f�brica –, com investimentos de R$ 35 milh�es. Agora, sem d�vida alguma, a planta nova estar� autossuficiente por um bom tempo. Minas Gerais representa 25% da produ��o da Coca-Cola Femsa Brasil e o consumo no estado tem se mantido entre os cinco mercados mais importantes do sistema Coca-Cola.

A ind�stria de bebidas experimenta um forte crescimento no pa�s, em geral, inclusive nas tuba�nas. Como a Coca-Cola tem visto a expans�o brasileira e se aproveitado dela?

H� uma expans�o generalizada das vendas em todas as regi�es de Minas e a empresa conseguiu desenvolver um portif�lio de produtos para atender o consumidor com diferentes perfis de renda. Isso nos permite crescer em todos os n�veis socioecon�micos. Essa nova f�brica ser�, sem d�vida, a mais moderna, em todos os aspectos, desde a parte produtiva, especificamente, at� os aspectos ambiental e de sustentabilidade.

Esse quadro n�o tende a mudar, tendo em vista as proje��es de crescimento econ�mico mais lento do pa�s e a volta da infla��o?

N�s entendemos que nos pr�ximos anos ainda haver� espa�o para um crescimento bastante saud�vel do Brasil. N�o saberia adiantar taxas, mas, sem d�vida, a Copa do Mundo vai ajudar a movimentar o nosso mercado. Vamos continuar investindo plenamente no pa�s e cada vez mais a gente aposta nesse crescimento. Os n�meros s�o muito favor�veis (a empresa mant�m sigilo sobre eles), embora do ponto de vista da infla��o a empresa seja impactada tanto quanto as outras. E nisso o investimento alto que fazemos para melhorar a efici�ncia das f�bricas nos permite continuar crescendo.

Esse crescimento do consumo em Minas reflete o mesmo comportamento do mercado brasileiro ou h� diferen�as que definiram a constru��o da f�brica?

Como o portf�lio de produtos � bem amplo, ent�o, isso nos permite atender grupos de consumidores com caracter�sticas muito distintas, inclusive com embalagens retorn�veis, e em qualquer lugar. Em Minas, n�o � diferente. O estado conta com �reas extremamente urbanizadas e as mais dispersas. Sem d�vida, em todo o Brasil a nova classe m�dia (classes C, D e E) talvez seja a nossa grande alavanca e a do pa�s como um todo. A partir do momento em que voc� tem o produto certo para aquele consumidor, consegue atender � demanda e com isso capturar esse movimento de crescimento.

O que significa ter em Minas uma f�brica mais ecol�gica?

Eu posso dar um bom exemplo, o da �gua que ser� usada no processo industrial, inclusive a capta��o de �gua pluvial, em meio a toda a parte de efici�ncia operacional. A f�brica de Jundia� (SP) apresenta, hoje, o nosso melhor �ndice de uso de �gua e reciclagem desse recurso. A unidade mineira ter� um desempenho bem melhor. Estamos buscando o que existe de melhor em termos de equipamentos. A nova f�brica ser� top de linha no sistema mundial de produ��o da marca Coca-Cola.

A tecnologia envolve uma f�brica mais robotizada? Como ser� o processo de transfer�ncia da produ��o da unidade atual, localizada no Anel Rodovi�rio?

� importante destacar que, independentemente dessa tecnologia empregada, n�s teremos um acr�scimo de m�o de obra em Minas (s�o 3.600 empregos mantidos pela empresa na produ��o, em vendas e na rede de distribui��o). S� a f�brica de BH emprega 800 pessoas. Durante um bom per�odo, as duas plantas v�o continuar operando em paralelo, ou seja, essa migra��o da f�brica do Anel Rodovi�rio para o centro log�stico ser� gradativa e, sem d�vida nenhuma, com o aproveitamento de todos os colaboradores. A empresa sempre investiu em forma��o e capacita��o de trabalhadores, n�o importando se a planta � nova ou n�o. Isso � uma diretriz da companhia e esse foco na m�o de obra j� existe e vai continuar existindo. � parte integrante do projeto dar prefer�ncia a essa m�o de obra.


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