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Estado de Minas

Diretor do FMI comparece � Justi�a e ju�za nega pagamento de fian�a


postado em 16/05/2011 14:22 / atualizado em 16/05/2011 15:04


O diretor-gerente do FMI (Fundo Monet�rio Internacional), Dominique Strauss-Kahn, compareceu nesta segunda-feira a uma audi�ncia na Justi�a de Nova York, onde enfrenta acusa��es de agress�o sexual, c�rcere privado e tentativa de estupro.

Uma ju�za de Nova York negou ao diretor geral do FMI, o direito de aguardar seu julgamento em liberdade, atrav�s do pagamento de fian�a. A ju�za Melissa Jackson considerou que Strauss-Kahn, acusado de agress�o sexual e tentativa de estupro contra a camareira de um hotel, deve permanecer detido porque h� "risco de fuga".

Strauss-Kahn foi acusado por uma camareira de um hotel de Nova York onde ficou hospedado. Ele deveria ter ido ao tribunal no domingo, mas o comparecimento foi adiado para que exames e an�lises cient�ficas fossem realizados.


Nos exames a que o diretor do FMI foi submetido, os peritos buscaram les�es que indicassem uma poss�vel luta com a camareira e tra�os de DNA da suposta v�tima.

Tamb�m nesta segunda-feira, tamb�m surgiram outras acusa��es contra Strauss-Kahn. Uma escritora francesa afirma que poder� entrar com uma den�ncia devido a uma suposta agress�o sexual em 2002.

O diretor-gerente do FMI, que � casado e tem 62 anos, foi preso no s�bado � tarde, quando j� estava sentado na primeira classe de um avi�o da Air France prestes a decolar para Paris. Ele vem sendo considerado um poss�vel candidato � Presid�ncia da Fran�a pelo Partido Socialista.

Acusa��o

Um porta-voz da pol�cia de Nova York, Paul Browne, disse � BBC que as acusa��es foram feitas por uma mulher de 32 anos de origem africana que trabalha como camareira no hotel Sofitel, perto de Times Square, onde o chefe do FMI estava hospedado. Ela disse que o h�spede saiu nu do banheiro enquanto ela limpava a su�te de luxo do hotel, que custa US$ 3 mil por noite.

"Recebemos uma den�ncia de que uma camareira em um hotel no centro de Manhattan tinha sido abusada sexualmente pelo ocupante de uma su�te de luxo naquele hotel, e que este indiv�duo tinha fugido", Browne disse � BBC. "A camareira disse ter sido atacada violentamente, trancada no quarto e abusada sexualmente", disse ele.

Telefone celular

Segundo testemunhas que estavam no hotel, Strauss-Kahn deixou o local �s pressas, esquecendo seu telefone celular e outros pertences pessoais. Ele teria ent�o ligado do aeroporto para a recep��o do hotel, pedindo que o aparelho fosse devolvido, mas a pol�cia j� havia sido acionada no caso e equipes foram mandadas para o JFK.

"Nossos investigadores pediram �s autoridades aeroportu�rias que impedissem o avi�o de partir, foram at� o aeroporto e o levaram sob cust�dia", afirmou Browne. "Se tiv�ssemos demorado mais dez minutos, ele j� estaria voando a caminho da Fran�a", disse.

Segundo Browne, a camareira foi atendida em um hospital para o tratamento de pequenos ferimentos. Mais tarde, ela identificou o ex-ministro das finan�as franc�s como o homem que a teria atacado. Strauss-Kahn n�o tem imunidade diplom�tica e estava em Nova York por motivos particulares.

Esposa


A esposa de Strauss-Kahn, a proeminente jornalista francesa Anne Sinclair, disse acreditar que seu marido � inocente. "Eu n�o acredito por um segundo sequer nas acusa��es levantadas contra meu marido", disse Sinclair em um comunicado.
Na Fran�a, alguns viram a pris�o como uma humilha��o nacional, enquanto outros sugerem que pode se tratar de um compl� criado por seus opositores pol�ticos.

O diretor-gerente do FMI contratou como chefe de sua equipe de defesa o criminalista americano Benjamin Brafman, que j� representou v�rias celebridades com sucesso, inclusive os rappers P. Diddy e Jay-Z.

Seus advogados disseram no domingo que Strauss-Kahn estava "cansado, mas bem" e que ele "pretende se defender vigorosamente destas acusa��es e nega ter cometido qualquer delito".

Carreira pol�tica


O FMI informou que o vice-diretor-gerente do fundo, John Lipsky, ocupar� interinamente o cargo de diretor-gerente durante a aus�ncia de Strauss-Kahn. A cota��o do euro em rela��o ao d�lar caiu ao ponto mais baixo em seis semanas nesta segunda-feira, influenciada pelo an�ncio da pris�o.

Strauss-Kahn participaria nesta segunda-feira de uma reuni�o em Bruxelas sobre a concess�o de ajuda financeira � Gr�cia e a outros pa�ses endividados da zona do euro. As acusa��es contra Strauss-Kahn tamb�m mudaram o cen�rio da corrida presidencial francesa.

Sua candidatura ainda n�o havia sido anunciada, mas era esperado que ele concorresse � Presid�ncia pelo Partido Socialista, j� que pesquisas de opini�o mostravam que ele contava com boa vantagem sobre o atual presidente Nicolas Sarkozy, que deve concorrer � reelei��o em abril de 2012.

'Erro de julgamento'

Strauss-Kahn concorreu � lideran�a do Partido Socialista Franc�s em 2006, mas foi derrotado por S�gol�ne Royale, que foi depois derrotada por Sarkozy nas �ltimas elei��es presidenciais, em maio de 2007.

Strauss-Kahn foi ent�o nomeado diretor-gerente do FMI em setembro de 2007, com o apoio de Sarkozy. Ele ganhou elogios por sua atua��o � frente do FMI, que dirigiu durante momentos dif�ceis, incluindo a recente crise financeira global.

Mas ele foi investigado em 2008 pelo conselho do FMI sobre o seu relacionamento com uma mulher que fazia parte de sua equipe. O conselho determinou que suas a��es "refletiram um s�rio erro de julgamento", mas que o relacionamento com a mulher havia sido consensual. Na ocasi�o, Strauss-Kahn pediu desculpas aos funcion�rios do FMI e � sua mulher.


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