O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, negou nesta ter�a-feira que as rela��es entre Brasil e Argentina tenham entrado em crise, devido � suspens�o das licen�as autom�ticas para importa��o de autom�veis e autope�as. Segundo ele, o di�logo com o governo argentino � frequente e constante e que "os problemas existem" quando h� um elevado volume comercial envolvido.
“Nunca n�s interrompemos o di�logo com a Argentina, ao contr�rio, temos excelentes rela��es e queremos resolver os problemas”, afirmou Pimentel depois do almo�o oferecido pela presidenta Dilmna Rousseff ao primeiro-ministro da Su�cia, Fredrik Reinfeldt, no Itamaraty. “Os problemas existem mesmo e quando h� um volume de com�rcio grande como o nosso com a Argentina n�o tem nenhuma crise nem nada.”
A Argentina � o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, depois da China e dos Estados Unidos. O volume do com�rcio bilateral � US$ 33 bilh�es, segundo dados de 2010. Pimentel disse que ainda hoje vai conversar com o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, para saber como est�o as negocia��es com o governo da presidenta argentina, Cristina Kirchner.
Na manh� de hoje, Cordeiro se reuniu com a ministra da Ind�stria da Argentina, D�bora Giorgi, em Buenos Aires. Nos pr�ximos dias, os secret�rios executivos do Minist�rio da Ind�stria da Argentina, Eduardo Bianchi, e do Minist�rio do Desenvolvimento, da Ind�stria e Com�rcio Exterior do Brasil, Alessandro Teixeira, tamb�m discutir�o o assunto.
No �ltimo dia 12, Pimentel anunciou a suspens�o das licen�as autom�ticas para a venda de autom�veis e autope�as. Com isso, o processo de entrada de produtos argentinos no Brasil fica mais lento e pode demorar at� 60 dias para ser conclu�do. A restri��o n�o � apenas para produtos argentinos, inclui tamb�m ve�culos e pe�as do M�xico e da Coreia do Sul.
H� mais de um ano, os empres�rios brasileiros reclamam que a Argentina cria dificuldades para o desembara�o de mercadorias brasileiras. Em meio ao impasse, caminh�es brasileiros aguardam a decis�o pol�tica para conseguir passar pela fronteira do Brasil com a Argentina.