
Um megaempreendimento na �rea da moda e de neg�cios voltados para o segmento, no qual ser�o investidos R$ 300 milh�es, est� prestes a ser viabilizado em Confins, na divisa com Pedro Leopoldo, a quatro quil�metros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Formado por dois centros de compras (atacado e varejo), um centro de conven��es, uma universidade da moda e tr�s hot�is, o Fashion City Brasil (FCB) ser� instalado numa �rea oito vezes maior do que a ocupada pelo BH Shopping.
A Precon Engenharia vai usar sua estrutura na fabrica��o de pr�-moldados, localizada em Pedro Leopoldo, na constru��o do polo de moda. Os empreendedores buscam parceiros para o neg�cio, que visa atrair compradores de roupas, cal�ados, acess�rios e bijuterias de todo o pa�s oferecendo 1,2 mil marcas nacionais e estrangeiras. Hoje, o maior centro desse tipo em territ�rio brasileiro funciona em S�o Paulo, com 330 marcas. No Sul do pa�s existem 25 pequenos polos de atacado, mas o foco est� direcionado principalmente para neg�cios, com a moda em segundo plano.
A expectativa � de que o Fashion City Brasil fature, inicialmente, R$ 2 bilh�es ao ano e crie 5,5 mil postos de trabalho. A previs�o � de que as obras comecem em 2012 e sejam conclu�das em 18 meses, ou seja, �s v�speras da Copa do Mundo de 2014. “O Fashion City Brasil � um empreendimento voltado para o business da moda. Ser�o 25 eventos anuais com estilistas nacionais e internacionais para a divulga��o do conceito de moda do FCB”, explica o empres�rio Omar Hamdam, da Hamdam Consultores, investidor e um dos desenvolvedores do neg�cio. “Ser�o 30 marcas de Belo Horizonte, das quais 15 j� est�o sendo preparadas para entrar no empreendimento”, diz. As demais grifes vir�o do interior de Minas, do restante do pa�s e at� do exterior. “Faremos a curadoria das marcas nacionais e internacionais para garantir um mix eficiente para atender a necessidade dos lojistas do pa�s inteiro”, explica Hamdan.
Ponto para Minas
Pesquisa realizada pelos empreendedores mostra que S�o Paulo � um polo de moda saturado, ao qual os compradores mostram rejei��o, principalmente por causa dos problemas de acesso e seguran�a. Segundo o levantamento, 50% da moda comercializada em Belo Horizonte � comprada por clientes que v�m do Nordeste, que usam o avi�o como meio de transporte para chegar at� aqui. “A proximidade com o aeroporto internacional � fundamental para o sucesso do neg�cio. O FCB atende aos interesses das empresas do setor porque vai criar uma sinergia entre empresas de vestu�rio, cal�ados, acess�rios e bijuterias”, acredita o presidente da Marcel Philippe, Michel Aburachid. Ele pr�prio est� interessado em instalar-se no FCB. “Mas ser� necess�ria uma sele��o. � preciso tomar cuidado com o operacional, n�o d� para receber empresas que est�o simplesmente pagando para entrar”, alerta.
Renn� Wakil, presidente da Citerol, fabricante de uniformes, e dono da Multiform, especializada na venda de moda corporativa, vai conhecer detalhes do projeto amanh�, mas j� avisa que est� interessado em participar. “Ser� uma grande oportunidade de colocar toda as empresas juntas, atraindo diversos tipos de clientes. O potencial de neg�cios � real”, observa. Para Olavo Machado, presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a organiza��o de polos atacadistas de moda � uma tend�ncia mundial. “O projeto vai abrir mercado em Minas, estimulando a vinda de empresas e compradores de fora.”