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Estado de Minas

BH � campe� da infla��o no pa�s

IPC-S registra sexta alta consecutiva e chega a 1,53% na capital mineira, maior taxa entre as cidades pesquisadas


postado em 18/05/2011 06:00 / atualizado em 18/05/2011 06:15

Belo Horizonte � a capital da infla��o, segundo dados do �ltimo levantamento do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Funda��o Getulio Vargas (FGV), referente ao acumulado do m�s de maio at� o dia 15. No per�odo, o �ndice de BH registrou varia��o positiva de 1,53%, alta de 0,21 ponto percentual (p.p) em rela��o ao patamar alcan�ado na primeira semana de maio (veja quadro). O resultado � o maior entre as sete capitais pesquisadas, ficando 0,33 ponto percentual acima da segunda colocada, Salvador (BA). No per�odo, o IPC-S nacional registrou varia��o de 1,09%, alta de 0,04 ponto percentual.

Esta � a sexta alta consecutiva registrada pelo IPC-S da capital mineira. A escalada do �ndice come�ou na primeira semana de abril e n�o d� sinais de arrefecimento. Pelo contr�rio, a varia��o que entrou o �ltimo m�s em 0,73%, subiu 110% em seis semanas. Para o economista da FGV, Andr� Braz o cen�rio n�o inspira temor. “Isso n�o quer dizer que Belo Horizonte viva um contexto de infla��o mais alta do que as demais capitais, mas sim que v�m acumulando reajustes de diversos servi�os, como �gua e energia el�trica, que tem um calend�rio diferenciado de acordo com a cidade”, pondera.

O grupo de habita��o subiu de 1,71% para 1,86% puxado principalmente pelo ajuste das tarifas de �gua, luz e condom�nio residencial. O servi�o de ilumina��o prestado pela Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) subiu 6,61% para clientes residenciais, enquanto a conta de �gua teve reajuste de 7,02% no fim de abril. A eleva��o j� foi captada pelo �ndice. Somente esses itens foram respons�veis por um ter�o de toda a varia��o do IPS-S registrada no per�odo.
A energia representou 0,13 ponto percentual da varia��o total de 1,53%, enquanto a �gua respondeu por 0,26 ponto e o condom�nio por 0,11. “Esse �ltimo sofreu efeito da contamina��o dos dois primeiros, j� que os condom�nios agregam os servi�os de �gua e luz”, pondera Braz. Apesar da press�o que exerceu no resultado, o setor de habita��o n�o foi o �nico respons�vel pela corros�o do poder de compra dos consumidores belo-horizontinos.

Transporte

Mesmo com a queda de 5% na varia��o, passando de um aumento de 2,38% na primeira semana de maio para 2,26% na segunda, o grupo transportes foi respons�vel por 0,21 ponto do IPC-S. O arrefecimento, depois de nove semanas seguidas de alta, iniciada no fim de fevereiro, foi puxado pela retra��o nos pre�os do �lcool que subiu 3,23%, ante uma eleva��o de 7,88% no primeiro levantamento de maio. O impacto foi sentido pela gasolina, atualmente com 25% da composi��o em �lcool anidro, que passou de um ajuste de 6,57% para 5,81% no mesmo per�odo.

Por ter maior peso na infla��o, a gasolina respondeu por 13,22% do IPC-S no per�odo, enquanto o �lcool foi respons�vel por apenas 0,44%. “Em v�rias cidades o �lcool j� come�a a ter um recuo forte de pre�os, enquanto a gasolina n�o acompanha o mesmo ritmo”, explica Braz. A tend�ncia � de que a curva descendente continue nos pr�ximos resultados. “Com a entrada da safra da cana-de-a��car, n�o h� como sustentar os valores praticados atualmente”, pondera o especialista.

Outra forte contribui��o veio do grupo de alimentos, puxado pelas hortali�as. “A varia��o passou de 2,29% no in�cio de maio para 6,5%. A grande culpada foi a batata-inglesa que subiu 35,16%”, afirma Braz. O fabricante de massas, Gil C�lio Moreira j� sentiu no bolso. “Deu pra sentir o peso da infla��o em muitas coisas, principalmente no combust�vel e nos hortifrutigranjeiros”, observa. (Colaborou Leandro Andrade)

Combust�veis

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, reafirmou nessa ter�a-feira a pol�tica da empresa de n�o repassar para os pre�os do diesel e da gasolina a volatilidade do barril no mercado internacional. Durante teleconfer�ncia com analistas, ele foi indagado sobre a possibilidade de haver ou n�o um reajuste dos dois combust�veis ainda em 2011. “Estamos analisando dia a dia. Os pre�os no mercado internacional est�o altos por conta dos conflitos. Se confirmado o patamar, ou seja, se os pre�os mais altos permanecerem no longo prazo, teremos que fazer o reajuste”, comentou Barbassa, na teleconfer�ncia. Ele ainda afirmou que o pre�o do barril de petr�leo extra�do do pr�-sal dever� ser superior ao do tipo Brent, negociado na Europa. Segundo ele, esta ser� uma das principais vantagens competitivas do Brasil no mercado internacional.


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