Os gastos que os pa�ses-membros da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) direcionam para o cuidado de idosos dependentes vai duplicar e talvez at� triplicar at� 2050, alertou nesta quarta-feira o organismo atrav�s de um comunicado divulgado � imprensa.
Segundo a organiza��o - grupo formado pelos 34 pa�ses mais ricos do planeta -, � preciso melhorar a gest�o do atendimento e os cuidados oferecidos aos idosos, pois h� uma expectativa de que a popula��o de 80 anos ou mais passe dos atuais 4% da popula��o total dos pa�ses-membros para 10% at� 2050.
Em 2008, os gastos com cuidados de pessoas dependentes representou, em m�dia, uma fatia de 1,5% do PIB dos pa�ses OCDE. Contudo, os gastos variaram enormemente, indo de 0,1% em Portugal at� 3,6% na Su�cia.
Diante desta situa��o, o mexicano Angel Gurr�a, secret�rio-geral da OCDE, aconselha os pa�ses a revisarem as pol�ticas atuais j� que, segundo ele, elas carecem de coer�ncia em muitos dos pa�ses-membros.
Segundo Gurr�a, � preciso "otimizar os gastos" e "dar respaldo �s fam�lias que constituem a espinha dorsal dos dispositivos de cuidados de longa dura��o". Atualmente, segundo o censo da OCDE, cerca de 70% das pessoas dependentes recebem cuidados em seu pr�prio domic�lio, o que � menos custoso que o cuidado em institui��es que, mesmo menos utilizadas, absorvem 62% dos gastos totais.
Entre os membros da OCDE, mais de um adulto em cada dez se ocupa de uma pessoa dependente, avalia a organiza��o. Contudo, o informe indica que cuidar de um dependente tem consequ�ncias para as pessoas que o fazem, j� que estes t�m maiores gastos e sofrem uma probabilidade maior de "padecer de problemas mentais 20% mais elevada que o restante da popula��o".
Para a OCDE, "n�o � desej�vel que se implique demasadiadamente os familiares nestas tarefas". Para a organiza��o, al�m de refor�ar a ajuda aos dependentes, "v�rios pa�ses devem refor�ar o setor formal e efetuar reformas para atrair mais m�o-de-obra neste setor".
Os profisssionais do setor (enfermeiras, auxiliares, etc.) representam atualmente entre 1% e 2% da popula��o ativa e esses n�meros tamb�m devem duplicar at� 2050, estima a OCDE.